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Atualizado: 22 de junho de 2025


Ás vezes, porém, uma saudade fina e gostosa, vinda do remoto Passado, levantava de leve a minha alma, como uma aragem lenta faz a uma cortina muito pesada... E então, fumando diante das tendas, trotando pelo leito sêcco das torrentes, eu revia, com deleite, pedaços soltos d'essa Antiguidade que me apaixonára: a Therma romana onde uma creatura maravilhosa de mitra amarella se offertava, lasciva e pontifical; o formoso Manassés levando a mão á espada cheia de pedrarias; mercadores, no Templo, desdobrando os brocados de Babylonia; a sentença do Rabbi com um traço vermelho, n'um pilar de pedra, á porta Judiciaria; ruas illuminadas, gregos dançando a callabida... E era logo um desejo angustioso de remergulhar n'esse mundo irrecuperavel.

Os modestos banquetes, com que entre nós o eleito obsequeia os seus eleitores não se parecem muito com esses prodigiosos espectaculos em que sómente para lhe agradarem a elle, ao povo-rei, senadores como Symmachus mandavam vir ursos do norte, leões da Africa, cães da Escocia, crocodilos do Nilo, d'esse verde Nilo, de que Cleopatra fôra a serpente lasciva, cavallos de Hespanha, comicos da Grecia, gladiadores saxões, mimicos, cocheiros, de Byzancio, o inferno!... Todo o mundo, então conhecido, contribuia para o prazer cruel d'esse povo insolente!

Porém, por sua vez, o heroe da Roma esquiva, gloria dos histriões, dextro no césto e lança, que havia preso a loba, a Roma, essa lasciva dos bordeis de Suburra, e preso pela trança, amava uma mulher de marmore, uma altiva, amava sem remedio, amava sem esperança. Era Livia o seu nome; e nunca as galerias austeras e immortaes manchou dos seus avós.

Toda aquella architectura, feminina, sensual, até na figura do Baptista o esculptor puzera um quebranto brilhava e vivia uma vida lasciva e fina, ornatos delicados, sem exhuberancias, curvas que lembravam a doçura calida de corpos nus, no tom ambarino do marmore velho. André desceu.

A brisa mórna do crepusculo bafejava de mansinho, ao brando contacto de solitaria violeta, que se espreguiçava indolentemente, qual indiana lasciva na sua rede de pennas! Alvaro nem sequer se commoveu com aquelle espectaculo.

Estava o magistrado encarecendo com voluptuoso enthusiasmo a Bacchante de Bartholini, que elle vira na galeria do duque de Devonshire, e contava d'um francez que chegara a Florença, e pedira venia ao esculptor para dar um beijo na sua Bacchante, beijo ardente que parecera filtrar fogo nos beiços marmoreos da lasciva tentadora. Bartholo mudou de tom, quando ouviu o ciciar de sedas.

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