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«E porque, não muito longe d'aquele lugar, e da ponte, estava um assento gracioso d'arvoredo, e corria por entre êle agua, ordenou Lamentor de ali jantar, e assim o fez depois, dizendo ao escudeiro que queria ir repousar n'aquele lugar; que lhe daria as andas em que o levassem, e que, se mais lhe cumprisse, de boamente o faria. «O escudeiro, tendo-lh'o em mercê, disse que assim fosse.

«E éla não tornou resposta, que ia toda coberta, lançada sobre o rosto de seu irmão, chorando. «Ele soltou os paramentos, e assim se foramComo, depois de partida a irman do cavaleiro da ponte, por aprazer aquele lugar a Lamentor, ordenára fazer ali seu assento

«Tristes ficaram todos por aquela desventura; mas Lamentor, que não esquecia quem trazia consigo, limpando os olhos das lagrimas que aquela partida assim lhe fazia, veio para onde sua senhora estava com a irman, com estas palavras: «Agora nos podemos, senhora, ir; que na mortalha alheia não temos mais que fazer

«Assim se saiu da tenda; e assim o deixaremos, para seu tempoDe como se deu sepultura ao corpo de Belisa, e do pranto que com êle fez Lamentor «Lamentor se tornou a seu pranto, que muita causa tinha êle para isso. Deixai as lagrimas, que não é agora tempo para vós, senhor, não parecerdes cavaleiro; nem para vós, senhora, parecerdes tanto mulher.

Do que Lamentor passou n'aquela parte onde foi aportar com a sua nau, e da batalha que teve com o cavaleiro da ponte e do que mais lhe sucedeu «De reinos estranhos, dizem que veio n'um tempo passado ter a estas partes um nobre e famoso cavaleiro. «Aportou, cerca d'aqui, em uma nau grande, carregada de muita riqueza, e, sobretudo, de duas formosas irmans, a uma das quaes êle mais que a si queria.

«Não passou muito que, por aquele lugar, não viesse um dos servidores de Lamentor, que atravessava para o castelo. «Quando Bimnarder soube d'êle que Lamentor tinha ordenado fazer ali uns paços grandes, e morar n'êles toda a sua vida, algum repouso mais deu isto a Bimnarder; que, d'antes, a pouca certeza que tinha da estada de Aonia n'aquela terra lhe dava grande fadiga ao pensamento.

«Ora, pois, determine-o a justa», disse Lamentor, olhando para as andas. «Tirando então, de um tiracolo, o escudeiro uma corneta, tocou-a.

E querendo Lamentor soltar os paramentos das andas, como causa de tanto , se chegou mais para éla, e disse estas palavras: «Ainda que o tempo, senhora, seja para outra cousa, como não sei quando vos tornarei a ver, de mim sabei, como certo, que podeis fazer a vosso serviço; o mais, sabereis do escudeiro

«Muito tempo passou êle n'aquela vida, com maus dias e piores noites; porque Lamentor, no começo logo do seu assentamento, mandou fazer primeiro umas casas para recolhimento, não mais; e a muita gente que era vinda para as obras, pela labutação grande que tinha, por causa da grande pressa que Lamentor dava a élas, tolhia a saida das mulheres, pelo que Aonia não apareceu um grande tempo, para Bimnarder, ao menos, ter aquele contentamento que a vista dos olhos áqueles que do mais carecem.

«Começou a chorá-lo amargamente, e Lamentor, que o ouviu, deu a correr para . E vendo que estava o escudeiro com seu senhor, como morto, nos braços, desceu-se prestesmente, e foi-se para êle; e vendo-o no derradeiro termo de sua vida, e como desmaiado, lhe começou a dizer: «Que é isto, senhor cavaleiro?... Esforçae! que é este o passo verdadeiro para que tomastes a ordem de cavalaria

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