Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 1 de junho de 2025
Uma manhã Emilio da Cunha achava-se com Valentina em uma pequena, mas elegante sala, que deitava sobre o jardim por que elles tinham deixado a sua pobre morada, trocando-a por outra mais decente Emilio da Cunha sentado junto d'uma mesa, sobre a qual se achava uma magnifica jarra de flôres, olhava sorrindo para Valentina, que, de pé, junto d'um açafate em que estavam dous pombinhos, reprehendia, acariciando-o, um d'elles: Eis-te aqui, meu bello fugitivo lhe dizia ella pensavas que era só voltar para te ser concedido o perdão, depois de me teres feito soffrer com a tua ausencia e ingratidão?
Que o foi roubar á terra, um dia, e que o prendeu Na fria solidão d'aquella jarra fina? E foi roubar ao amor, aos cantos, ás folhagens, Á bondade da luz ás noutes meigas bellas, Exilado do sol, e orphão das paisagens, O cravo virginal viuvo das estrellas?!
Uma chavena, uma jarra, qualquer coisa emfim que ia aparecendo, lhe ia trazendo uma saudade da infancia longinqua e que esvoaçava agora na sua alma como farrapo branco de nuvem distante a dissolver-se num rubro poente. A mãe, que um momento ficara só junto delle, chorava silenciosamente, olhando-o com ternura.
E depois, não resistindo Ao desejo de ter o fructo lindo, Corta-se o encanto, o iman attractivo, Para figurar qual decorativo N'uma jarra de Sevres, ou crystal! Mas, coitada! eis ahi todo o seu mal!... A pobresita já dias após Não escutava nem ouvia a voz Da admiração! E ha pouco despresada, Sem carinhos, de todo abandonada, Curva-se, tomba, murcha, cahe e acaba!
Os livros bem dispostos sobre a mesa, cujo tapete ella propria houvesse feito ao serão, uma jarra de louça com um ramo de madresilva ou de rosas de maio, as cadeiras agrupadas com um certo ar de intimidade e de alegria, um aspecto de pobreza satisfeita que faz tão bem á alma!
E estuda as novas leis e as grandes Theorias Nas folhas femenis e meigas das violetas! No ar calado e bom da camara fechada, Como um ninho d'amor, casto e silencioso, Um grande cravo branco ergue o caule cheiroso, N'uma jarra de jaspe, antiga e cinzelada.
Quando se esconde Debaixo da tua aza o que criaste, Abraça e beija os anjos Deus lá onde A jarra está da flôr de que és a haste; E um dia que não tenhas pão avonde Ou do céo te não chova agua que baste, Lança-lhe á luz do dia a mão direita, Mostra-lh'o; Deus os filhos não engeita.
Quando fechou atraz de si a porta, Carlos atirou ao chão, com movimento de raiva, que havia muito a custo reprimia, uma preciosa jarra da China, que se fez pedaços; em seguida pôz-se a percorrer o quarto a passos largos, e ai do objecto que encontrava na passagem! A campainha soou emfim, chamando para o jantar. Carlos tentou dar á physionomia um aspecto de serenidade, no que foi mal succedido.
Tudo agonisa ao pé, só elle altivo e bello, No seu vaso de jaspe entre as demais existe, Como um rei infeliz n'um ultimo castello, Com um ar virginal e com um modo triste! E no entanto talvez a mystica amorosa, A noiva a dona d'elle, occulta uma outra magua No morto coração, mais morto que uma rosa, E do que elle amanhã na sua jarra d'agua!
Saiam os barcos levando os pescadores para a ria e os marnotos para as salinas; a jarra da agua, o cesto com o almoço e o gabão era toda a sua bagagem.
Palavra Do Dia
Outros Procurando