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Atualizado: 22 de julho de 2025
82 "Aqui, só verdadeiros, gloriosos Divos estão, porque eu, Saturno e Jano, Júpiter, Juno, fomos fabulosos, Fingidos de mortal e cego engano. Só pera fazer versos deleitosos Servimos; e, se mais o trato humano Nos pode dar, é só que o nome nosso Nestas estrelas pôs o engenho vosso.
E continúa: Toda a terra foi perdida; No campo do Tejo só Achava o gado guarida, Vêr Alemtejo era um dó; E Jano para salvar O gado que lhe ficou, Foi esta terra buscar, etc. «Temos, pois, o poeta allegorico do Torrão naturalidade que todos os biographos unanimemente dão a Bernardim Ribeiro em Lisboa no anno das grandes fomes, que foi em 1522.
Viu-a Jano, e de a ver ficou perdido; combateu lhe o rigor com brandos rogos, e a sólita resposta obteve em prémio: que entrasse além na gruta. Obedeceu-lhe; segue-o a principio a Nympha... eis pára... eis foge. O que lhe fica apóz vê Jano. Ó louca, no usado esconderijo em vão confias; olha como t'o observa, e t'o devassa.
Foi, portanto, pelo pé de Joanna que o pastor Jano se sentiu arrastado para o abysmo do amor, com a çapata na mão. Como os tempos mudam! Hoje, um poeta palaciano, que ouzasse cantar em publico, ainda mesmo sob o disfarce de pastor, a çapata da bem-amada, era um homem que tinha a sua carreira cortada pelo ridiculo.
Na écloga segunda de Bernardim Ribeiro, de que os seus biographos tanto se têem servido para dilucidar a mysteriosa vida do poeta é tambem pelo pé de Joanna que o pastor Jano se deixa fascinar amorosamente. Jano anda guardando o seu rebanho quando vê aproximar-se Joanna que, vestida de branco, se entretém colhendo flôres. Elle occulta-se espreitando-a. Colhidas as flôres,
Ha duas sendas a seguir para attingir o Bello ou caminhar pela terra, ou elevar-se aos céos, ou o sabor agreste da natureza, ou as pulsações do coração, ou o vôo ousado da aguia, ou o rastejar da timida arvéola. O Ideal e a Verdade, eis os dois supremos caracteres da Arte, da Poesia. Mas que Jano potente reune as duas faces radiosas do Bello?...
E sendo esta dupla auctoridade uma personalidade moral, que póde symbolisar-se em Jano, o deus bifronte, não esperemos vêr umas faces illuminadas pela luz evangelica do perdão e outras avincadas pelas rugas sinistras da severidade.
Em primeiro, tenho como provavel que Bernardim Ribeiro, sob o pseudonymo de Jano, falla de si na ecloga 2.ª Ahi diz elle: Quando as fomes grandes foram, Que Alemtejo foi perdido, Da aldêa que chamam Torrão Foi este pastor fugido: Levava um pouco de gado, etc.
Agora mesmo n'este momento, quando as agitações da Hispanha commovem os espiritos patrioticos, quando as negras apprehensões ibericas ensombram as alegrías da Baixa e seus innocentes jogos outrora tão puros! quando se espera o accordo das grandes potencias para a fixação dos nossos destinos nacionaes, poucos se lembrarão talvez que ha muito tempo que esta questão foi cortada pela penna fulminante de Melicio em uma correspondencia que o Commercio do Porto se resignou a publicar nas suas columnas, por não haver na cidade um templo de Jano em cujas portas ella se gravasse em letras de oiro!
48 Um na cabeça cornos esculpidos, Qual Júpiter Amon em Líbia estava; Outro num corpo rostos tinha unidos, Bem como o antigo Jano se pintava; Outro com muitos braços divididos A Briareu parece que imitava; Outro fronte canina tem de fora, Qual Anúbis Menfítico se adora.
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