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Atualizado: 7 de junho de 2025
Em cada casa ha uma guzla, especie de mandolim ou guitarra, que tem apenas uma corda de crina. Não ha festa sem canção e sem guzla. A Europa occidental conhece de varias imitações ou traducções muitas das poesias populares da Servia.
J. Reinach sae em abono d'esta opinião confirmando-a: «O caracter servio é essencialmente poetico, e a sua poesia não se traduz apenas nos pesmas, nos hymnos nacionaes que acompanham na guzla, encontra-se ainda na religião, nas cerimonias do culto, nas festas, na organisação da familia, nos casamentos, na coragem heroica dos combates, nos sonhos de uma vida melhor.
Os cantos nacionaes são compostos em trocheus; as canções de amor admittem os dactylos. No estudo da poesia servia ha a distinguir os pesmas heroicos que os homens acompanham na guzla, e as canções do lar, que as mulheres e as raparigas entoam. Foi só muito tarde que os servios começaram a escrever os seus pesmas.
Prosper Mérimée, tendo aprendido cinco ou seis palavras de slavo, compoz em quinze dias um pequeno romanceiro, que attribuiu a um imaginario tocador de guzla, Jacintho Maglanovitch. Na poesia servia relevam a riqueza das imagens, a ingenuidade dos sentimentos, o ardor do patriotismo. A estrophe, sempre melodiosa, é geralmente curta; e o acompanhamento da guzla apenas a toma nos ultimos versos.
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