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São ossos vís, que não resguarda O sussurrar da gloria; Herdeiros das maldicções das gentes, Das maldicções da historia: São os restos dos homens, que luctaram, Valentes no seu crime, Contra nós, contra a mão da Providencia, Que os maus derruba e opprime. Mas quem porá padrão que aos evos conte, Seus feitos derradeiros!

Cada monumento antigo é como uma fronte veneranda, enrugada pelos seculos, animada por uma expressão profunda. Essa expressão é a linguagem dos évos, creada pelo espirito que não póde contemplar um facto, acreditar na sua existencia independentemente de uma idéa, de uma razão de ser que procura achar n'elle.

Eu não sei que ardimento interno eu sinto, Irresistivel violencia aos versos Me leva todo, e da memoria eu tiro Thesouros cuja posse eu mesmo ignóro: Sobre mim me levanto, e alheio aos males, Que outra vez tão de perto, em copia tanta Terrivelmente minha Patria assombrão, A Lyra Filosofica tactêo, E onde não chega estrepito da guerra Eu vejo a luz que a Terra a Newton deve, De antigos évos óptica ignorada De Sarpi, e Porta aos immortaes cuidados, Ah! por certo deveo primeiros passos!

O escolho immovel, descobrindo a base, Olha ao largo, e de balde espera as ondas: Póde ver-se a que o cinge espumea linha, Que em baixo lhe traçou a mão dos évos. Um pequeno areal loureja plaino Entre o salgado leito e o chão relvoso. Pela marina margem vagabundo, Eis Alp assoma dos sitiados muros Desviado não mais que quanto alcança Um tiro de clavina.

Um neto do governador de Cochim a disputar meças de merecimento com um chatim de negros! um moço no mais florido dos annos, gentil de sua pessoa, sacrificado á mazorral caricatura, que ahi está symbolisando uma fortuna tão besta quanto assignalada das vergoadas do látego com que o infame de Deus e dos homens fazia espirrar sangue das costas dos escravos!... Primo Christovão, torne sobre si, peje-se d'essas lagrimas que ahi derramou, e que eu escarneci para não tomar ignominioso quinhão da sua dôr aviltante para evos e para vindouros!

O mago teu pincel doou-me aos evos; se os versos meus aos evos resistirem, nos versos meus reflorirá teu nome. ¡Ah! ¡não poder eu mais! qual tu meu todo á estampadora pedra o confiaste, capaz de confundir maternos olhos, ¡não poder eu tambem pintar no metro genio, vida, expressão, physionomia de quadros, onde a mente aos olhos fala!

Corajem, meus amigos, oje a gloria Q'ate'qui se ganhou naõ perder-se. Nos animos calou vinhi-potentes De tal sorte a razaõ destas palavras, Que cada um deles se reputa um raio, E ja para envestir as trélas roem. Agora, ó Muzas, naõ falteis ao Vate, Asopraime no peito o extinto fogo, Que he precizo cantar melhor que nunca O combate maior que os evos viraõ.

Sabios illustres, que mysterios tantos Descortinar, e conhecer podestes; Legislador Americano, os évos Teo nome guardarão; Nollet, teu nome Da sapiencia nos annaes gravado Eternamente vivirá; se as artes Barbaridade, que extermina tudo, Quizer poupar da aluvião de ultrages, Que ás leis, á Natureza, e aos Ceos tem feito.

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