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Atualizado: 13 de junho de 2025


Ela tinha sempre uma resposta e um sorriso para cada uma das mil perguntas que lhe fazíamos, e então uma grande paciência inexaurível. Nós, os estroinas, quase que chegávamos a adorar aquela ingenuidade singela do seu coração de vinte anos. A boa da Maricas era adorável, toda ela bondade e paciência para os nossos distúrbios e para as nossas algazarras de toda a hora e de todo o instante.

D. Christina tomava a sério o seu papel de actriz, e esforçava-se por que nos applausos do publico entendido reconhecesse o empresario a conveniencia das aptidões theatraes da artista. Rodaram mais dois annos. A casa da rua das Fontainhas continuava a ser o rendez-vous dos estroinas do Porto. Falava-se de perdas e lucros fabulosos na batota do Muxagata, que fazia concorrencia á do D. Marcos.

sentia uma necessidade d'aquellas convivencias estroinas, que o commendador condemnava, com o seu ar pacato, o bom conselho d'uma prudencia moderada, de que os excessos prejudicavam a saude e além d'isso mordia-a a curiosidade de saber d'Alberto as intimidades da sua vida, das suas relações com aquella outra, por quem elle a havia trocado, que lhe chamava seu com tanta segurança.

A seu turno o Alberto dava ao diabo ja o convencionalismo da lua de mel, sentia-se aborrecido, o spleen d'um lord; lembrava-se ruidosamente dos cafés áquella hora povoados, uma atmosphera quente, ditos scintillantes, anedoctas escandalosas que se entornavam por sobre as reputações como os calices de cognac por sobre as bandejas, os choques entrecortados das bolas de marfim na baeta verde dos bilhares, os artistas que appareciam contando a novidade de bastidores, e os theatros com o seu latejar de luzes na via-lactea dos collos das burguezas, a rapaziada fina nas plateias assestando intemeratamente os binoculos, o Juca, o Luiz Serra, o Carvalhinho, uns estroinas, capazes de bater uma claque e armar um chinfrim, e depois irem tranquillamente comer ao Gomes, ás duas da manhã, ostras cruas com vinho de Bordeaux.

O bohemio, de origem pobre e plebeia, porém, naturalmente fino e intelligente, educara-se na convivencia dos rapazes estroinas da capital e d'elles copiára as maneiras elegantes, a linguagem culta e até oh supremo instincto de imitação! o apparente despreso pelo dinheiro que os outros desperdiçavam ás mãos cheias, porque eram ricos e que elle raras vezes possuia, porque era pobre.

Homem! o rapaz é estroina, a doidice está-lhe na massa do sangue... E os estroinas são como os alcoolicos, a quem os medicos dizem que morrem se continuarem a beber... Emendam-se, fazem um grande esforço para se habituarem á agua, mas se um dia entram n'uma patuscada e vêem uma garrafa que lhes desperta o appetite, perdem o mêdo atiram-se a ella, bebem e morrem victimas do vicio que o instincto da conservação não foi sufficiente para debelar.

E não disse palavra p'ra falar daquele tinha de falar também deles... Mandaram vir limonadas, três limonadas! vão trinta réis! Diabo! era preciso animar aquilo. Assim não tinha jeito. E puseram-se a falar do tempo, das moscas, daqueles idiotas que andavam na praça a dar-se ares. Ensoberbecia-os a ideia de que iam tomar três limonadas, e sentiam-se felizes, alegres, um tanto estroinas.

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