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Atualizado: 5 de junho de 2025


A questão da admissão das irmãs da caridade, debatida no parlamento com ardor, mostrou-nos José Estevão confirmando em materia religiosa o seu modo de ser politico, porventura accentuando ahi mais claramente do que em qualquer outro campo a confiança nos principios tradicionaes da constituição social das nações da Europa occidental.

«Mas José Estevão, pela rectidão do seu caracter, pela segurança do seu juizo, resolveu ainda problemas mais difficeis da politica e de moral. Foi um partidario dedicado e leal. Nunca faltou aos seus primeiros comprometimentos politicos. Como homem publico, era independente: como chegado ao rei, fiel. Trabalhou por vezes contra os seus adversarios politicos. Foi vencido.

Que José Estevão era um homem de uma condição sublime, que a sua alma era forte, que o seu espirito era elevado, e a fortuna não , não póde dar, estes predicados moraes, estas supremas excellencias. Se as désse, podia mais do que Deus, mais do que as raças, mais do que o sangue, e n'esse caso antes o horror d'uma absoluta incredulidade do que o culto do acaso.

O humanitarismo não seria n'esse systema de deveres uma religião, como de facto foi no sentir de José Estevão; consubstanciaria sómente a summula dos deveres religiosos, e manifestamente aquelles a que Alexandre Herculano mais quiz e com extremo ardor se consagrou.

E a geração de José Estevão foi: Garrett, foi Castilho, foi Rebello da Silva, foi Herculano, foi Rodrigo da Fonseca, foi Fontes, foi Sampaio, assim como a geração de Antonio Candido é composta de tantos nomes illustres, que estão no pensamento e na memoria de todos, e que tanto na politica como em todas as outras manifestações da actividade intellectual tem dado de si soberbas provas.

Porque morreu o rei?», escrevia José Estevão. «A paixão publica é grande e as paixões são inventivas, imaginosas, despoticas, desarrasoadas, absurdas. O sentimento pelas vidas que nos são caras cae em desconhecer o poder dos factos e arroja-se até a negar as leis da natureza. «Não queriamos que o rei morresse. Não acreditamos que o rei tenha morrido. Louca pretensão! incredulidade!

O confronto do caracter de Alexandre Herculano com o de José Estevão poderá talvez definir melhor do que qualquer outra explanação os attributos proprios de cada um. Foram ambos figuras primaciaes da grandeza moral do seu tempo. Sel-o-iam em qualquer epoca, culminantes. Resumem as duas formas mais nobres da dignidade humana. E, todavia, quanto são differentes!

Tem duas estatuas uma defronte de S. Bento, d'essa casa de cuja inutilidade prejudicial elle foi o mais triste e curioso symbolo, outra em Aveiro. Chamou-se José Estevão. Alexandre Herculano, ferido no seu orgulho, nunca mais quiz frequentar aquella feira de gado. Os seus trabalhos resumbram todos um invencivel rancor aos politicos e á politica. A sua indole triste sombreou-se.

Então fui eu mesmo que respondi: «Sim senhorcontente com a lembrança de vir a dizer missa, e de a vir a dizer primeiro do que todos aqueles. Até podia acontecer que o Estêvão das caretas me ajudasse a alguma... Ora então está muito bem, estamos entendidos. E com intenção, ferindo muito as palavras, para mas gravar no espírito: A primeira coisa que é precisa para prior é saber bem isto, vês?

Ás tendencias de Alexandre Herculano para o claustro, para a contemplação, e para o estudo e apologia dos primeiros seculos do christianismo e do seu vigor e dilatação na edade-media, corresponderia em José Estevão a paixão politica e a actividade impetuosa, e o sentimento da justiça fundada, não em determinação divina, mas na imposição dos principios abstractos concebidos e affirmados pela intelligencia humana e em seu nome enthronisados.

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