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Mas, ainda assim, os poetas portuenses de melhor quilate não duvidavam chamar-lhe em 1863 mulher ou anjo. Annos depois vi-a representar em D. Maria a sua ultima peça, O meia azul, n'uma decadencia pungitiva. A mulher luctava com a doença e com a velhice: duas enfermidades. O anjo havia rasgado as azas nos espinhos de um esforço supremo de declamação e caracterisação.

O seu bom sangue de fidalgo não se azedaria nas veias, se lhe viessem dizer que uma porção tão chegada de seus parentes andava por Portugal arrastada sobre os espinhos da pobreza, da miseria, e talvez da deshonra? Tem o senhor em Portugal cinco primas. Onde cuida vossa senhoria que as póde levar a indigencia?... Valentim, fallando d'este theor, tinha os olhos embaciados de lagrimas.

Vêde-a ao berço, sofrega de vida Que a sua é pouca para dar ao filho; Ella em cama de espinhos, mal vestida, Elle enfaxado, em berço de tomilho; Ella em continua, asafamada lida, Elle vendo se apanha á luz o brilho... descobrindo em tão tenrinha edade Que toda a sua sêde é de verdade. Irmãs da Caridade!

Supposto lhe não comprehendesse as comparações do ambicioso e do general com os affectos do coração, achára uma dôr sublime n'essa desordem, um gemido de remorso n'essa condemnação a si proprio, n'essa tocante ideia d'uma corôa de espinhos, cravada pelo filho, na fronte de seu pae, onde a sociedade gravára o lema da deshonra.

Queria ella ser o fóco de irradiação fecunda para os dous, que se confundiam n'um , ser o carinho affectuoso, a consolação, a ambrozia que os ungisse na mesma embrocação de felicidade. Porque não havia de ser sempre assim! para que se haviam de levantar espinhos no jardim da sua existencia? como era bom amar sendo amada!...

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