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Atualizado: 8 de outubro de 2025
O vulto magestoso da mulher sobresahiu no horisonte de luz, em pé, com as costas voltadas para fóra. Escutei, apenas, o murmurio d'algumas palavras que duas pessoas trocavam, e pareceu-me, pelos ademanes, que a mysteriosa tambem fallára. A luz demorou-se dous minutos, se muito. Com a escuridade, a minha visão amada voltou á sua posição, na janella.
«Abandonada por ti, enganada, não sei por que nem com que fim, por tua mãe, achei-me fraca para cruzar os braços, e esperar a morte. Á borda do abysmo, vi uma tabua de salvação. Sabia que, segurando-me n'ella, as mãos se rasgariam em chagas incuraveis. Sabia-o; mas agarrei-me á tabua de salvação. Escutei a desgraça; que não tinha outro anjo, nem outro demonio que me aconselhasse.
Visto que nada se perde, que é que se sustenta no infinito com essa enxurrada de lagrimas? Deus? Por muito tempo escutei o ruido de vozes, de exasperos, de gritos de creaturas. Vinham da guerra, do Hospital, da miseria humana. E d'esse mar espesinhado nasciam clarões, as nebulosas d'onde surgem mundos. Esse eterno rio de gritos, a correr desde que o homem existe, vae desaguar no infinito.
Eu que o escutei, n'huma árvore escrevia As mágoas que cantou; e assi dizia: Ou tu do monte Pindaso es nascida, Ou marmor te pario formosa e dura: Não póde ser que fosse concebida Dureza tal de humana creatura: Ou quiçá qu'es em pedra convertida, Ou tens da natureza tal ventura; Porém não fez em ti boa impressão, Só de marmor tornar-te o coração.
Esperei muito tempo, animando-me a fallar-lhe, quando ella tornasse. Avistei dous vultos, e senti despegar-se-me o coração do peito. Não podia distinguir se um d'elles era homem; e receava, aproximando-me, causar-lhe desgosto, se por desgraça ao pé d'ella estivesse um amante. Que desafogo senti eu, quando conheci a voz gosmenta da criada! Escutei, e ouvi-as fallarem de ladrões.
E sobre a quietação das coisas vis e exoticas Sentiam-se as febrís, crueis respirações, Dos tristes hospitaes e das virgens clorothicas, Dos amantes fataes da febre e das paixões! A noite era em silencio, a athmosphera doce E ria a natureza aos beijos d'um bom Deus. De subito escutei, ao longe, o quer que fosse D'um canto que suppuz então baixar dos céos!
Suspirei, amoroso e moído: e abria os lençoes bocejando quando distinctamente, através do tabique fino, senti um ruido d'agua despejada n'uma banheira. Escutei, alvoroçado: e logo n'esse silencio negro e magoado que sempre envolve Jerusalem, me chegou, perceptivel, o som leve d'uma esponja arremessada na agua. Corri, collei a face contra o papel de ramagens azues.
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