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O caminho do futuro, apparecia claramente agora aos seus olhos. Estava satisfeita a sua ambição. Restava-lhe ainda a amante. Ronquerolle passava a maior parte da noite a escrever-lhe. Toda a poesia da sua natureza inquieta e apaixonada se desenvolveu livremente e as palavras mais ternas sairam da pena. «Mulher adorada, escrevia Ronquerolle, devo-te a primeira gloria da minha carreira!

Ante-hontem fiz dez annos e o meu protector offereceu-me uma bonita penna d'ouro, dizendo-me que com ella deveria escrever-lhe esta carta, minha boa mãe. Tenho passeado muito e gostado immenso d'esta bella cidade, onde o meu prazer seria completo se a senhora aqui estivesse junto da sua filha. Abençôe-me e receba mil beijos que lhe envia Paris, 30 de dezembro de 1887.

Casada d'ahi a um mez, ella! Apesar de João Eduardo lhe ser indifferente, a idéa d'aquelle rapaz, novo e apaixonado, que ia viver com ella, dormir com ella, deu uma perturbação a todo o seu sêr. E quando a mãi ia descer ao quarto disse-lhe: Que lhe parece, minha mãi? Eu está-me a custar entrar em explicações com o João Eduardo, dizer-lhe que sim. O melhor era escrever-lhe...

Tenho uma boa idéa ajuntou elle entreguemol-o a Francisco de Moraes, de Villa Flor, que sabe a historia d'esta creança, e lhe ha de servir de pae com os sobejos da sua riqueza. Não ha tempo a perder. Vou escrever-lhe para Lisboa, e pedir-lhe que me espere por estes quinze dias.

Se quer que lhe falle a verdade, julgo que não lhe escrevi em estylo muito apropriado, mas tão desacostumada ando de escrever-lhe, e a gente com quem de costume me correspondo permitte-me tal familiaridade, que me descuidei. A carta nada tinha de censuravel. O que por ella vi foi que deveremos renunciar aos projectos que formei a respeito de Mauricio. Perdão; mas como viu por ella isso?

Esperava eu que v. ex.^a, compadecida do meu estado de doença e do muito que tenho soffrido no esforço inutil de encontrar a filha de Norberto de Noronha, se dignasse dar-me quaesquer indicações que me permitissem fallar-lhe ou escrever-lhe ainda antes de morrer.

Adeus. Alegra-te, que eu desejo a morte, e ella virá salvar minha pobre alma d'este miseravel corpo.» «Que lucta, meu amigo! As horas d'aquelle dia e d'aquella noite foram uma continuada alternativa de alegria douda e de excruciante agonia! Começava a escrever-lhe, e rasgava logo as cartas, envergonhando-me diante de minha propria consciencia.

Exactamento como o senhor, estou bastante incommodada por tremenda enxaqueca, que obrigou-me a ficar deitada até agora. A sua amavel carta, cheia de phrases tão meigas, traz-me certo lenitivo e me a energia necessaria para tomar a penna. Demais d'isto, a satisfação de escrever-lhe faz-me esquecer os proprios soffrimentos. Não me agradeça tanto o serão de hontem, ao jantar.

A moça assim que o viu debulhou-se em lagrimas, e balbuciou: A menina não pôde escrever-lhe... Está-se preparando para sair com o pae... Recebeu ordem de repente. Vai para um convento da Irlanda: foi o que elle lhe disse, a não querer ella casar com o maldito marquez.

Escrever-lhe para que? tornou a religiosa Cuidas tu, menina, que as tuas cartas lhe chegam á mão? Que vaes tu fazer senão redobrar a ira de teu pae contra ti e contra o infeliz prêso! Se o amas, como creio, apesar de tudo, cuida em salval-o. Se não ouves a minha razão, finge-te esquecida.

Palavra Do Dia

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