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Atualizado: 23 de maio de 2025


Com quanto nos seja sempre ingrato violentar as glandulas lacrimaes dos leitores, e sacudir-lhes com patheticas descargas electricas os nervos engelhados, não nos abstemos de contar em poucas linhas a historia negra do snr. Pires, condiscipulo de Jorge, em geographia e historia. Parece que o snr. Pires chegára de Coimbra a ferias de entrudo, e conseguira ser convidado para o baile.

Depois tornou a si, arrancou mãos cheias de cabellos desgrenhados: careteou, rugiu, babou-se: e, Messalina desdentada e tonta, fincando os punhos engelhados nos quadris angulosos, epilogou em si a Ribeira-Nova e blasphemou, blasphemou, blasphemou quatro dias. Grita, Eumenide de farça; grita, que te ouçam todos! Tens razão, pobre velha, a bota impia estragou-te a mercadoria.

Como êle, recentemente, me mandou pedir livros da sua livraria (uma Vida de Buda, uma História da Grécia e as obras de S. Francisco de Sales) fui, depois dêstes quatro anos, ao Jasmineiro deserto. Cada passo meu sôbre os fofos tapetes de Koranânia soou triste como num chão de mortos. Todos os brocados estavam engelhados, esgaçados. Pelas paredes pendiam, como olhos fóra de órbitas, os botões eléctricos das campainhas e das luzes: e havia vagos fios de arame, soltos, enroscados, onde a aranha regalada e reinando tecera teias espessas. Na livraria, todo o vasto saber dos séculos jazia numa imensa mudez, debaixo duma imensa poeira. Sôbre as lombadas dos sistemas filosóficos alvejava o bolôr: vorazmente a traça devastára as Histórias Universais: errava ali um cheiro mole de literatura apodrecida: e eu abalei, com o lenço no nariz, certo de que naqueles vinte mil volumes não restava uma verdade viva! Quis lavar as mãos maculadas pelo contacto com estes detritos de conhecimentos humanos. Mas os maravilhosos aparelhos do lavatório, da sala de banho, enferrujados, perros, dessoldados, não largaram uma gota de água; e, como chovia nessa tarde de abril, tive de saír

Nos Paços de Medranhos, a que o vento da serra levára vidraça e telha, passavam êles as tardes dêsse inverno, engelhados nos seus pelotes de camelão, batendo as solas rotas sôbre as lages da cozinha, diante da vasta lareira negra, onde desde muito não estalava lume, nem fervia a panela de ferro. Ao escurecer devoravam uma côdea de pão negro, esfregada com alho. Depois, sem candeia, através do pátio, fendendo a neve, iam dormir

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