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O fogo puro Em que m'abrazo, com que abrandarei? Ja fugíra daqui por mais que duro Fosse o deixar o ninho em que nasci: Mas não ha contra Amor lugar seguro. Então, porque de todo desespere, Este cego, a quem cegos nós seguimos, A mi por ti, e a ti por outra fere. S'eu morrêra no ponto em que nos vimos, Não víra tanto mal. Mas que da sua Sorte fugisse alguem, nós nunca ouvimos.

Fallais como exprimentado; Qu'eu cuido que esta fadiga, Que o faz com que desespere; Y por mas tormento quiere Que se sienta, y no se diga. Pois, Senhor meu, isso asselle, Porque a pena, que sabeis, Que eu cuido que está nelle, Dar-lhe-ha penas crueis, Pues no hay quien la consuele. Folgo, porque m'entendeis. Hemo-nos, Senhores, de ir, Porque nos está 'sperando.

Terem justo galardão, E dor dos que merecêrão, Sempre castigos tiverão Sem nenhuma redempção, Postoque se detiverão. Na tormenta, se vier, Desespere na bonança, Quem manhas não sabe ter: Sem que lhe valha gemer, Verá falsar a balança. Os que nunca trabalhárão, Tendo o que lhe não convem, Se ao innocente enganárão, Perderão o eterno bem, Se do mal não s'apartárão.

Perca, quem te perdeo, tambem a vida. DURIANO. Nenhum bem vejo, que a meu mal espere, Se não fosse esperar que morte dura Me venha emfim a dar a saudade. Vejo faltar-me a tua formosura; A vontade me diz que desespere, Contradiz-me a razão esta vontade.

Não foi como consolação banal que lhe respondi: Não desespere, minha senhora. Portugal é prodigo em conceder pensões, e este acho eu que será o menor defeito de toda a nossa administração publica, porque mais vale evitar que alguns portuguezes morram á fome, do que dar um triste exemplo de ingratidão nacional.