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Jorge sentiu ennevoarem-se as letras do livro, como se lhe passasse por diante uma nuvem escura. Thomé insistiu: Não, filha; para que has de ser tão apressada? Valha-te Deus. Pensa e depois resolverás. resolvi, meu pae repetiu Bertha com firmeza. Clemente é um homem honrado, eu não posso aspirar a mais.

Eu não podia esperar que o coração respondesse, porque sabia que elle não podia dizer que sim a uma proposta d'aquellas. Clemente, que julgava comprehender o enleio crescente e as palavras hesitantes de Bertha, iníerrompeu-a dizendo: ? disse que não podia? ? Bertha teria acaso alguma inclinação a que o meu pedido viesse causar mal?

Informações a respeito do Clemente! Eu?! Mas que informações quer que eu ? Pois não diz que é seu amigo? tornou Thomé, um pouco admirado com as maneiras impertinentes que notava em Jorge Não é essa pequena garantia para a minha Bertha, que sabe o valor que teem os homens, a quem o snr. Jorge esse nome.

Que é do Clemente, Anna? inquiriu Mauricio, mudando de conversa. O meu Clemente? ó filho, nem eu sei. Se queres que te diga, o rapaz, desde que o metteram na regedoria, não faz outra coisa. Isto é, eu devo dizer o que é verdade; o serviço apparece feito, isso apparece; mas a gente nem sabe quando nem como. Mas, agora me lembro, elle pelos modos está hoje para casa do Thomé da Herdade.

Fixa-se o meu futuro, cessam as minhas hesitações, acalma-se a minha febre; applicarei o pensamento exclusivamente aos meus negocios... E ella... será feliz. Serão felizes... O casamento é natural... O Clemente é bom rapaz e Bertha... Esta ideia provocou um movimento de reacção.

Horas depois, Clemente, a quem a mãe acabára de convencer, procurava Jorge no seu gabinete de trabalho na propriedade dos Bacellos. Clemente encontrou Jorge sentado á banca, tendo diante de si massos de papeis e de livros, que consultava com attenção.

Mauricio não podia seguir placidamente as conjecturas da ama, parecia-lhe uma profanação o que ouvia. Não, não, Anna. Clemente não é marido que convenha a Bertha. De modo nenhum. Desengana-te. E porque não? Ora essa é boa! Quem é então que lhe convem? Olh'agora! Bertha tem... teve... ha de ter... Tem, teve e ha de ter, o quê?... Uma educação... gostos... Ora viva!

D. Luiz deu um salto na cadeira, ao ouvir a resposta, e bateu com a mão na banca que tinha diante de si. O quê?!... Ora adeus! Tu estás a brincar commigo. Não, meu padrinho, fallo-lhe sériamente. Com o Clemente?! Tu casares com o Clemente?

Jorge interrompeu Clemente, tão surprendido como vexado com o que ouvia por quem é faça melhor opinião de mim. Não me não lembrei de Bertha apenas pelo dinheiro, mas nem a quero perseguir. Olha quem? Eu! Se a rapariga disser que não, ou o pae, paciencia. Mas parece-me que a minha proposta não a deshonra.

Anna do Védor olhou muito direita para o filho, e depois de um instante de silencio interpellou-o: E então tu, na tua verdade, ainda não lançaste as tuas vistas? Clemente encolheu os hombros como quem não podia dizer que não, nem queria dizer que sim. Ora para mim é que tu vens com isso. Lançaste, sim, e nem podia deixar de ser, que não tinhas muito onde escolher. Queres que te diga quem é?

Palavra Do Dia

lodam

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