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Atualizado: 23 de junho de 2025
O conego, já antes esfalfado dos excessos do seu furor, ficou agora, áquellas palavras, como um boi atordoado. Só pôde dizer d'ahi a pouco, muito murcho: Que traste que vossê me sae!
Muito boa noite, senhor parocho. Amelia costumava sempre ter um olá! ou um ora viva! muito amavel; aquella seccura aterrou-o; disse-lhe logo muito perturbado: Menina Amelia, eu peço-lhe que me perdôe... Foi um atrevimento... Eu nem soube o que fiz... Mas acredite... Estou resolvido a sahir d'aqui. Até já pedi ao senhor conego Dias que me arranjasse casa...
Então para desgastar, vá mais esse copito do 47, disse o conego. Elle mesmo bebeu pausadamente um bom gole, deu um ah de satisfação, e repoltreando-se: Boa gota! Assim póde-se viver! Estava já rubro, e parecia mais obeso, com o seu grosso jaquetão de flanella e o guardanapo atado ao pescoço. Boa gota! repetiu, d'este não provou hoje vossê nas galhetas...
O que tenho!? o que tenho!? Pois o senhor ainda me falla n'esse tom!? O que tenho é que vou d'aqui immediatamente dar parte de tudo ao senhor vigario geral! O padre Amaro, livido, foi para elle com o punho fechado: Ah, seu maroto! Que é lá? que é lá? exclamou o conego de guardasol erguido. Vossê quer-me pôr as mãos?
Amelia saltou da cama, correu á janella em camisa, ergueu uma pontinha da cortina de cassa, olhou. A manhã resplandecia: e o padre Amaro pelo meio da rua conversando com o conego, assoava-se ao seu lenço branco, muito airoso na sua batina de pano fino. Logo desde os primeiros dias, envolvido suavemente em commodidades, Amaro sentiu-se feliz.
o que obrigou o terrível Gaudêncio, democrata de 20 e admirador de Robespierre, a rosnar rancorosamente junto de Macário: Reis!... víboras! Depois, o cónego Saavedra cantou uma modinha de Pernambuco muito usada no tempo do senhor D. João VI: lindas môças, lindas môças. E a noite ia assim correndo, literária, pachorrenta, erudita, requintada e toda cheia de musas.
Perdoar-lhe para amal-o dizia ella na sua consciencia isso nunca, em quanto a mão de Deus me não desamparar, mas perdoar-lhe para que a justiça divina se aplaque; oxalá que a sua felicidade dependesse do meu perdão, que tão recommendado me foi pelos dous anjos que fallam do ceo... Assucena acreditava no seu consorcio espiritual com as almas do conego, e de sua irmã.
E continuava a viver só: o conego nunca vinha á rua das Sousas, «porque, dizia, era casa que só o entrar n'ella até se lhe agoniava o estomago». E Amaro, cada dia mais amuado, não voltára a casa da S. Joanneira.
Não se trata de moral... Está claro que foi uma asneira... Adeus, está feita! Mas então que quer vossê? disse o conego. Não quer decerto que se dê uma droga á rapariga, que a arrase... Amaro encolheu os hombros, impaciente com aquella idéa insensata. O padre-mestre, positivamente, estava divagando...
Amaro reparava, já aterrado, na pallidez d'Amelia, nos seus olhos muito vermelhos. E emfim o conego erguendo-se pesadamente: Amigo parocho, dão-nos uma desanda!... Ora essa! exclamou Amaro. Têsa! O senhor conego, que trouxera o jornal, devia ler alto lembraram. Leia, Dias, leia, acudiu Natario. Leia, para saborearmos!
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