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Atualizado: 24 de maio de 2025
Alegrias para mim, que estou condemnada a um carcere perpetuo, que hei de ver sempre entre mim e o esposo da minha alma uma barreira de ferro, que nem posso sequer esperar que elle venha recolher o meu ultimo suspiro?! Vel-o todos os dias... oh! esse é o mais horrivel de quantos padecimentos podia antever a minha imaginação! Antes acabar no desespero, sem vel-o!
Em mingoado tempo, e ainda assim cortado por outros maiores e mais austeros trabalhos e cuidados, se concluiu o manuscripto; e logo foi mettido em carcere privado á espera da ultima demão, para não haver de saír em liberdade, sem se lhe alimparem erros e expurgarem peccados, que não ha ahi obra de homens, por mais acabada de bigorna e lima, que os não tenha ou d'elles possa eximir-se.
Ao cabo de dezenove mezes de carcere, Simão Botelho almejava um raio de sol, uma lufada de ar não coada por ferros, o pavimento do ceu, que o da abobada do seu cubiculo pesava-lhe sobre o peito. Ancia de viver era a sua; não era já ancia de amar.
O golpe, segundo parece, era a segurar; mas não deu resultados perigosos para o ferido. Camões foi preso; e, ao terminar um anno de carcere, solicitou perdão de Gonçalo Borges que, voluntario ou coagido por empenhos, lhe perdoou, visto que não tinha aleijão nem deformidade. A Carta de perdão, produzida pelo snr. visconde de Juromenha, é datada em 7 de março de 1553, e está integralmente copiada .
Um dos nossos companheiros desejou saber a historia do seu crime e pediu ao infeliz que lh'a contasse elle proprio. Não queira, disse o condemnado, não queira obrigar-me a fazer minha propria autopsia moral... Narral-a, essa historia, seria um supplicio muito maior do que estar eu aqui, n'este carcere, ha vinte annos...
A conversação ia cortada em dialogos cheios de vida, recamados de originalidade e opulentos na elegancia do dizer e na facilidade da phrase. Poderia parecer uma academia litteraria, se não fosse uma enxovia. Vivia eu, então, n'um carcere que me dizem ter sido morada de Diogo Alves nas vesperas do seu supplicio.
D. Sebastião de Mattos e Noronha, áquelle tempo, bispo de Elvas; hespanhol de nação, e um dos governadores do reino, em quanto o duque de Bragança, exaltado ao throno, não chegou de Villa Viçosa. Morreu, como conspirador, no carcere da torre de S. Gião.
E n'isto o desventurado moço soltava uma cynica gargalhada! Frequentemente repetia elle o nome de sua esposa, uma e muitas vezes; e logo após, n'um acto de medonho desespero, chorando desabridamente, arrancava de si um punhado de cabellos ensanguentados, e rojava-se no lagedo do carcere. E eram bem tristes as suas lagrimas, bem acerbo o seu pranto! Pobre Fernando! Quem não teria pena de ti?!...
Pois na vespera vinte e nove d'esses homens de bravo coração, não querendo servir para os prazeres do povo romano, estrangularam-se uns aos outros, no carcere em que os guardavam.
Houve apenas uma grande fatalidade. Correu sangue, e não raivou odio. Eram tudo irmãos, e morreu Abel sem haver Caim. A logica dos acontecimentos é terrivel. Foi ella, e só ella, que comprimiu a academia nos rostros d'este dilemma: Carcere e Sepultura.
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