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Atualizado: 18 de maio de 2025


Os rarissimos transeuntes que porventura encontravamos, marinheiros ou vagabundos que desciam para o caes da Battery, olhavam-nos com um ar de surpreza, embasbacados, medindo-nos d'alto a baixo, com si fossemos uns verdadeiros botocudos de tanga e cocar.

O que infelizmente está reconhecido, é que o odio de raça passou dos Tapuyas e dos Tomayos aos Tupinambas e aos Botocudos; e que estes o transmittiram aos brazileiros, que hoje predominam n'aquella parte da America.

Os unicos povos do globo que ainda hoje acceitam, não diremos com os regosijos de um triumpho, mas simplesmente sem discussão, sem protesto ou sem revolta, o principio da auctoridade representada pelo arbitrio de um individuo, são os selvagens; são os aschantis, cujo rei, herdeiro unico e forçado de todos os seus subditos, tem 3:333 mulheres e um numero proporcionado de filhos, com o direito de saque sobre toda a communidade; são os kafungas do Valle do Niger, onde ninguem se approxima do soberano senão com as mãos no chão e a cabeça arrastada na lama; são os abyssinios, que nascem todos escravos do rei seu dono: são os malanesios, cujo chefe tem o tratamento de Deus; são finalmente os cafres, os botocudos, os topinambas, os patangonios e os esquimaus.

Este terror é levado pelo telegrapho e pela imprensa a todos os cantos do mundo civilisado, e Portugal, a quem mais doía tanta desgraça, condemnou em phrases sentidas que nunca poderiam abonar a civilisação do Brazil, a repetição das scenas barbaras, que desde a noite de 6 de setembro até fins de novembro de 1874, faziam lembrar o sangrento dia de S. Bartholomeu, em França, ou os repetidos massacres antropophagos dos botocudos, contra as primitivas colonias do imperio americano.

o meu illustre contendor, que nem a todos chamo botocudos, titulo que bem podia caber aos assassinos de Jurupary. No Brazil ha homens civilisados, especialmente no sul, que se horrorisam com os actos de selvageria praticados pelos paraenses, a quem não distinguem com o doce nome de compatriotas. Mas o que é quasi geral, especialmente desde o Rio de Janeiro para o norte, é que os brazileiros, como acontecia ás raças que antigamente predominavam na America do sul, odeiam os portuguezes. Isto é que é irrefutavel.

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