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Atualizado: 3 de junho de 2025
Francisco Dias Gomes, considerado pelo snr. A. Herculano o homem talvez de mais apurado engenho que Portugal tem tido para avaliar os meritos de escriptores foi malquisto de uns poetas contemporaneos que lhe chamavam o doutor Botija, allusão tirada das vasilhas de seu commercio de mercearia. Um dos seus medianos admiradores era o abalisado mathematico e estimavel poeta José Anastacio da Cunha.
Dei um abraço democrata no meu caseiro; procurei os meus quatro conhecidos, mostrei-lhes o cartão, e fiz o elogio do seu valimento d'elles. Apenas entrei no baile, fui comprimentar a viscondessa, que fallava com Silvina. Esta, quando me viu, resfolegava como se eu fosse uma grande botija destapada de vinagre de sete ladrões.
Os nossos bons classicos, quer fossem moços e mundanos, quer ascetas e encanecidos, não sei como pensavam; mas no escrever, eram todos como uns frades velhos que digeriam as suas idéas, tal qual um estomago dyspeptico de hoje em dia esmoe um paio do Alemtejo. Ahi vai, tal e quejanda, a satyra do doutor Botija: SATYRA Vem cá, louco varrido, que diabo Te metteu na cabeça ser poeta?
Por isso eu os guardo com muita veneração, e os beijo reverentemente, pensando que elles passaram pelos bentos dedos do cardeal de Cunha, inquisidor geral. Diogo José da Serra, um escandaloso vadio d'esta cidade, tão ignorante como devasso. Este homem foi quem induziu á factura da Satyra o doutor Botija. Calumnia que os herdeiros de Francisco Dias estimariam que não o fosse.
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