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Atualizado: 6 de junho de 2025
Na estação de seges de praça, que descorrem pela cidade baixa, notaram os boleeiros a concorrencia de um mulato, que elles tinham visto, adestrando as soberbas parelhas do conde de Baldaque, ou aderençando pôtros rebelloens e alfarios com a galhardia de consummado picador.
Em Lisboa sahiu um folheto no qual se dizia que sua mãe roubava padeiros de quem era amazia... Silencio! bradou o conde. Deixe defender-se o barbaro, snr. conde! volveu Damião N'esse folheto havia uma nota em que se dizia que o conde de Baldaque casára com uma aventureira.
Raul de Baldaque, nas estouvices de rapaz, se precisava de um amigo que lhe antepozesse a sua vida aos lances arriscados, aventurava-se aos maiores perigos com Damião ao lado. Confidencias amorosas, particularidades que elle escondia dos seus commensaes, dialogos intimos com damas de primeira plana, tudo revelava a Damião Ravasco.
Antonio Baldaque, posto que não se desse como pae do mulato claramente, devorava em silencio o insulto, deixando-se invilecer e maneatar pelas centenas de contos que a esposa augmentara aos seus haveres.
Quer esclarecimentos para instaurar querella contra elle? Eu lh'os dou. Chama-se Damião Ravasco, e vive na casa de Raul Baldaque, ás Janellas Verdes... Procure-o lá. Ah! então o preto é da sua familia brazileira? atalhou o lisboeta casquinando. Eu não sabia que a sua nobilissima raça era bicolor!
Os professores haviam já prevenido o protector do mulato, quanto á incapacidade rebelde do estudante; apesar disso, Baldaque desejou illustral-o, até ao momento em que Damião por claros termos se recusou.
Todo esse excesso de sentimentalismo seria bom de perceber, se algum acto da minha vida me obrigasse a dar conta dos outros ao snr. Victor Hugo... Mas eu creio que não... A amisade não explica o zelo de V. S.ª nem me força a respeitar a censura que me faz. Se me avalía injustamente, sinto; mas não sei que lhe faça... Quer dizer sobreveio o poeta que ama o conde de Baldaque?
Que fez, meu Deus?! Recebeu-me na sua casa; olhou compassivamente para minhas filhas, disse palavras amorosas aos meus netos, e quiz que o snr. conde nos visse atravez do seu coração... Oh! eu creio que este milagre o fez a piedade abraçada ao amor... Quem nos deu o pão abundantissimo, o vestir, a casa com ar e sol, o acordar alegre sem o fantasma da fome diante, o futuro das creanças... quem foi senão a... futura condessa de Baldaque?
Tal era aquelle Raul, filho unico do conde de Baldaque, millionario que entrára em Lisboa com o seu socio e amigo Manoel Pinto da Fonseca, o homem de ouro que as mulheres de carne cognominaram o conde de Monte-Christo.
Tanto poderam, no emtanto, com elle instancias do filho que não houve recusar-lhe a companhia do amigo. O conde de Baldaque, em Lisboa, ostentava opulencia ajustada ao titulo. Damião mordomisava a cocheira, com voto deliberativo na escolha das parelhas e carroagens. A paixão recrudecera-lhe a termos de não querer outra posição em casa do padrinho.
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