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No meio d'este silencio ouviu-se o vento bramir com mais força, para depois gemer com mais tristeza, parecendo que se estabelecia um dialogo entre os espiritos atmosphericos, e que aos rugidos ameaçadores de um demonio respondiam as queixas plangentes de um ente fraco e debil. De subito ouviu-se ao longe, ao longe, vibrar uma badalada no sino de S. Martinho de Alpedrinha.

Terrífico e supremo era o accento d'aquella lingua de cyclope, que o pulmão de bronze insufflára, no seu vagar prophetico, e que retalhava o silencio da noite como um echo da vida eterna, soado através da impenitencia dos homens. Outra badalada mais forte, e outra, e outra ainda. Crucitando d'assombro, os bandos de corvos fugiam por todos os lados.

A Arraya-Miuda O sino das ave-marias, ou da oração, tinha dado na torre da a ultima badalada, e pelas frestas e portas dessa multidão de casas, que apinhadas á roda do castello, e como enfeixadas e comprimidas pela apertada cincta das muralhas primitivas de Lisboa, pareciam mal caberem nellas, viam-se fulgurar aqui e acolá as luzes interiores, emquanto as ruas, tortuosas e immundas, jaziam como baralhadas e confusas sob o manto das trevas.

Todas as orações, todas as fórmas de esconjuros se lhes embaralhavam na memoria, e os lábios negavam-se a pronuncial-as. Meia-noite, tartamudeou João Canhoto, momentos antes emprazador de phantasmas, e fazendo ao soar a ultima badalada o signal da cruz ás avessas. Valham-me os santos e santas do céu! Jesus! bento nome de Jesus!

Quando deitou a mão á corda do sino, que deu na noite negra uma badalada lugubre, o galo preto romano soltava pela terceira vez a sua voz clara e sonora de espancar visões e pesadelos. Um gargalhar surdo e um rumôr de maldições e pragas perderam-se no ar, emquanto o Manoel cahia pesadamente no chão, agarrado ainda á corda do sino que tremia nas suas mãos crispadas.

Uma badalada profunda sacudiu de chofre a ruinaria inteira, dos alicerces ás grimpas, e foi-se alargando pela cordilheira, attenuando, extinguindo, n'uma vibração magnifica de sonoridade.

N'isto o sino de S. Martinho deu a primeira badalada da meia-noite. Soava ainda mais lugubremente do que na vespera. Solta no meio dos loucos rumores do vendaval, a vibração do bronze parecia uma nota perdida de agonia e de desespero.

Cita, na pag. 208, o imperativo do verbo ser, apud Vasconcellos: «Sejai pois corajoso e apparecei como modêlo.» E a pag. 507: «Sejai tão infames quanto quizerdes.» E a pag. 337: «Estejai dentro ao golpe da sinetaCoup de clochette golpe de sineta, segundo Vasconcellos. Em portuguez, traduz-se badalada, ou toque de sineta. Desculpem esta observação os alumnos de instrucção do 3.º anno dos lyceus.

Meio dia! A hora em que nossa mãe se levantava da sua costura para resar comnosco emquanto se não extinguia o echo da ultima badalada no campanario da aldeia! Quem nos disse isto tudo? Foi a memoria? Não foi.

Dir-lhes-hei, resumindo, que sem attender a outra coisa que não fosse a seducção inexplicavel, que me attraía para esse ente incomprehensivel, fui no dia seguinte á meia-noite ao rendez-vous aprazado. Soava não sei em que relogio a ultima badalada da meia-noite, quando se abriu a janella, e appareceu ante os meus olhos deslumbrados o formoso rosto da gentil desconhecida.

Palavra Do Dia

stuart

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