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Pelos altos montes, por vales tristes e planícies monótonas, a paìsagem azulava-se no ar baço. Um vento glacial sacudia os ramos das árvores. Nuno e Júlia nem sequer olhavam para fóra, através das portas de vidro do automóvel, concentrados como iam no seu sofrimento.

Não conseguindo passar, em virtude de descargas das forças que a essa hora guarneciam o Museu de Artilharia, voltou ao Hospital da Marinha, onde começou a fazer operações e os curativos precisos nos feridos que vinham chegando, até que finalmente, cheio de impaciencia, conseguiu arranjar um automovel que conduziu ambulancias, 4 enfermeiros e elle, medico, e, seguindo pelo Aterro, atravessou as forças da municipal que estavam no Terreiro do Paço, e, chegando ao quartel de marinheiros, entrou logo no exercicio das suas funcções.

O médico receitou, deu instruções; Nuno pagou a consulta generosamente. Despediram-se e reentraram, mais calmos, no automóvel, continuando a viagem através de estradas, de campos melancólicos, de bosques que rugiam

Tanto Candido dos Reis como Alfredo Leal viram distinctamente esse vulto e ficaram hesitantes durante algum tempo, conjecturando sobre o que seria. Por fim, Candido dos Reis, tranquilisando-se, a si proprio, resolveu entrar em casa. Alfredo Leal ainda esperou que o almirante fechasse a porta atraz de si e depois metteu-se de novo no automovel, scismando apprehensivo no vulto que pouco antes vira.

Como era arriscado andar na rua áquella hora, Alfredo Leal aconselhou o almirante a recolher a casa e esperar ahi noticias do movimento. O almirante concordou e n'esse sentido dirigiu-se o automovel para a rua D. Estephania, dizendo Candido dos Reis ao seu companheiro: Bem. Eu vou para casa de minha irmã, n'esta mesma rua, n.º 153.

Você vae saber o que ha de novo, e, se a revolução estiver em bom caminho, mande-me prevenir. Quando o automovel ia a parar á porta do n.º 155, a attenção do almirante foi despertada por um facto extranho. A porta da rua estava aberta e um vulto desapparecia, n'esse momento, no limiar.

No primeiro automovel seguiram para a Ericeira a sr.ª D. Amelia, a condessa de Figueiró, D. Maria de Menezes e Vasco Belmonte; no segundo a sr.ª D. Maria Pia, a marqueza de Unhão e o conde de Mesquitella; no terceiro, o sr. D. Manuel, os condes de Sabugosa e S. Lourenço, marquez do Fayal, Waddington e Mello Breyner. Atraz uma escolta de cavallaria. Na Ericeira juntaram-se aos fugitivos os srs.

E um dos revolucionarios, apontando para o quartel, accrescentou: Ali parece ter havido qualquer coisa, mas agora está tudo em socego. O automovel poz-se de novo em andamento e foi direito ao largo do Calvario.

Falhara tudo... O movimento liquidara n'um pessimo esboço de insurreição. O automovel andou mais uns metros e estacou em frente do quartel dos marinheiros, do lado em que o edificio olha para o Tejo. As janellas do quartel estavam illuminadas. Um grupo de populares avançou ao encontro de João Chagas. Que ha? perguntou-lhes o grande publicista. Nada... Absolutamente nada.

Sabia perfeitamente o que se tramava, mas não calculava que o movimento rebentasse d'ahi a horas. Marinha de Campos, que José Barbosa tambem prevenira do facto, cumprindo egualmente uma determinação do almirante, metteu-se n'um automovel com Alfredo Leal e foi a Cintra chamar o dr. Eusebio Leão, que adoecera na vespera.

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