Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 26 de setembro de 2025


O passado d'estes doentes é, n'uma palavra, não o dos perseguidos classicos, mas o dos alienados hereditarios» . Pottier, Ètude sur les aliénés persécuteurs, pag. 3 A proposito da ausencia de allucinações n'estes doentes, diz Pottier: «Imaginou-se que as allucinações auditivas, escapando a uma observação superficial, seriam encontradas n'estes doentes por um exame escrupuloso. Não é assim, porém.

O doente ouve retalhos de conversas que interpreta e se applica; os mesmos ruidos que naturalmente se produzem, a passagem de um trem, os passos de uma pessoa que sobe ou desce uma escada, uma porta que se abre ou fecha, são objecto dos seus commentarios». Fallando, em seguida, das allucinações auditivas, declara-as as unicas compativeis com o delirio de perseguições; e accrescenta: «Basta que um doente accuse visões para que eu não hesite em affirmar que elle pertence a outra cathegoria de delirantes» . Na mesma ordem de idéas escreve ainda: «Qualquer que seja a epocha em que ellas se declarem, as allucinações pertencem sempre ao quadro das auditivas; não é demais a minha insistencia sobre este caracter, que considero pathognomonico» . Todavia as allucinações do ouvido, tão importantes e de tão vasto papel, não são para Lasègue um phenomeno constante na psychose que descreve: «A allucinação do ouvido, diz elle, não é nem a consequencia obrigada, nem o antecedente necessario do delirio de perseguições» . Os perseguidos podem, segundo elle, não experimentar nunca allucinações; limitando-se a fundar inducções delirantes sobre sensações anditivas reaes, alguns ha que percorrem todos os periodos da doença.

Lasègue, sustentando que as allucinações auditivas, unicas, segundo elle, compativeis com o delirio de perseguições, não são nem o antecedente necessario, nem o consequente inevitavel d'esta vesania, estabeleceu claramente a independencia essencial dos erros conceptuaes e perceptivos na mais commum das fórmas delirantes da Paranoia.

Como Lasègue, Legrand du Saulle na symptomatologia da doença um logar preponderante ás allucinações auditivas, precedidas frequentemente de illusões do mesmo sentido. «O doente, escreve o auctor, começa por dar uma falsa significação aos ruidos reaes que escuta: uma porta que se abre, pessoas que fallam na rua, uma palavra pronunciada ao d'elle, os passos de alguem, tudo é materia do delirio.

A partir d'esse dia, allucinações auditivas, que até então parecia não terem existido, irromperam com extranha violencia; ao mesmo tempo apossou-se do doente um sentimento intenso de terror e de anciedade que o levou, poucos dias depois do traumatismo, a projectar-se de uma janella abaixo, fazendo uma luxação.

Passando ao estudo dos symptomas, Lasègue põe em relevo o papel que desempenham na doença as falsas sensações auditivas. «O orgão do ouvido, escreve o eminente professor, fornece as primeiras sensações sobre que se exerce a intelligencia pervertida.

Palavra Do Dia

desmaiara

Outros Procurando