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O doente ouve retalhos de conversas que interpreta e se applica; os mesmos ruidos que naturalmente se produzem, a passagem de um trem, os passos de uma pessoa que sobe ou desce uma escada, uma porta que se abre ou fecha, são objecto dos seus commentarios». Fallando, em seguida, das allucinações auditivas, declara-as as unicas compativeis com o delirio de perseguições; e accrescenta: «Basta que um doente accuse visões para que eu não hesite em affirmar que elle pertence a outra cathegoria de delirantes» . Na mesma ordem de idéas escreve ainda: «Qualquer que seja a epocha em que ellas se declarem, as allucinações pertencem sempre ao quadro das auditivas; não é demais a minha insistencia sobre este caracter, que considero pathognomonico» . Todavia as allucinações do ouvido, tão importantes e de tão vasto papel, não são para Lasègue um phenomeno constante na psychose que descreve: «A allucinação do ouvido, diz elle, não é nem a consequencia obrigada, nem o antecedente necessario do delirio de perseguições» . Os perseguidos podem, segundo elle, não experimentar nunca allucinações; limitando-se a fundar inducções delirantes sobre sensações anditivas reaes, alguns ha que percorrem todos os periodos da doença.

Magnan não hesita em adoptar o estado mental do louco antes da invasão da psychose. Ouçamos as suas proprias palavras: «O grande grupo dos predispostos simples, faz-se notar por um caracter essencial, invariavel, pathognomonico: até ao dia em que cahem na loucura, os doentes que o formam são julgados normaes; comparados aos individuos que nunca se tornam alienados, nenhuma differença apparente revellam.

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