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Atualizado: 31 de maio de 2025


Atormentava-o uma inquietação incompreensível, tinha sede de movimento e de espaço; começavam a nascer as suas asas de artista... Não tinha ainda doze anos, quando um escultor, passando por ali, o encontrou, e apreciando a sua inteligência precoce, propôs-lhe levá-lo consigo. André bateu as palmas de alegria; e a viúva, engolindo as lágrimas, deixou-o ir.

Com ar sinistro e torvo e os labios mudos Correu co' a vista as ondas inquietas, E, porventura, a idéa que as passára Nas asas da esperança, e que a esperança Tinha expirado ao limiar do goso, Mais lhe turbou a fronte carregada. O misero sorriu-se. Em tal sorriso O passado e o futuro estava impresso, E da sua alma a dolorosa noite.

Que horror! O que a senhora fêz!... A águia ergueu as asas num espanto e tornou a fechá-las lentamente. Depois, com grande enfado, foi dizendo: Que absurdos macacos são os homens! São os animais mais torpes que eu conheço.

E foi por isso tambem Que te abismaste nas ansias. A grande ave dourada Bateu asas para os ceus, Mas fechou-as saciada Ao ver que ganhava os ceus. Como se chora um amante, Assim me choro a mim mesmo: Eu fui amante inconstante Que se traíu a si mesmo. Não sinto o espaço que encerro Nem as linhas que projecto: Se me olho a um espelho, érro Não me acho no que projecto.

O cherubins do empireo! sacudi sobre o nosso tinteiro as asas candidas e luminosas, para que com uma das vossas pennas possamos pintar a scena que entre esses dois amantes se passou! O cavalheiro principiou naturalmente por pedir á sua doce amada que ella mesma lhe desse o ôlho, em prenda, ou em troca talvez, por um de vidro.

A música dos arrulhos, uma volata muito lânguida, começava com o aclarar, muito cedo, depois do descanso do sono na placidez do ninho, quando as forças eram sãs e as asas pediam vos. Hora dos amores!

Vi-a saltar do poleiro, esvoaçar, bater asas de fúria nos arames, e recaír depois na mesma pose, a arquejar, asmática de raiva. Ficou assim sem fala ainda algum tempo. Apeteceu-me fugir. Tive vergonha. A voz dela por fim veio em arestas, ferindo o meu orgulho ulcerado: A Beleza moral!... O Sentimento! Que fizeram com isso?... Que fizeram? A Harmonia social, êsse concerto que é de rasgar os olhos e os ouvidos. A fome, a revolta, o desespêro... A raiva de saber, de analisar, de fechar em teorias toda a Vida... A Dúvida, a loucura metafísica, e o culto da dor, êsse onanismo!... A impotência em tudo, a impotência... E por paródia

De acôrdo. Eu não duvido. Não quero discutir, não argumento. Mas falamos do Amor, e apenas digo que ainda quem ame sôbre a terra... gente da minha espécie... homens... homens... O amor, há-de a senhora concordar, não é um monopólio de asas nómades... Um bípede implume tambêm ama.

E noite além, entravam um a um, vagarosos, muito mansos, sem ruído de asas, receando acordar o casal que dormia aconchegado, muito quente, pescoço escondido sob a asa veludínea.

Ao brado da razão não se dobra O coração do desterrado! Embora Sob as asas do amor abrigue o Eterno Homens, nações e o mundo: o amor por elle Nasce, cresce, vigora-se enredado Com os beijos de mãe, com sorrir meigo De nossos paes e irmãos, ensina-o a tarde, O pôr do sol da nossa terra, o choupo Da nossa fonte, o mar que manso geme, Nosso amigo da infancia, em praia amiga.

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