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Sou eu que, venho revelar-te como se prepara a ruina do teu throno, e a destruição da tua dynastia." "A ruina do meu throno? gritou Abdur-r-rahman pondo-se em e levando a mão ao punho da espada. Quem, a não ser algum louco, imagina que o throno dos Beni-Umeyyas póde, não digo desconjunctar-se, mas apenas vacilar debaixo dos pés de Abdu-r-rahman? Quando, porém, falarás enfim claro, Al-muulin?"

As feições transtornadas de Abdu-r-rahman tomaram uma expressão horrivel de angustia: quiz falar, mas apenas pôde fazer um signal como que pedindo ao fakih que se calasse. Este proseguiu: "Parece-me que o ouvir a leitura dos annaes do teu illustre reinado te allivia e revoca á vida. Continuarei. Podesse eu prolongar assim os teus dias, clementissimo kalifa!"

Era necessário afoga-la em sangue. O longo habito de reinar, juncto ao caracter energico de Abdu-r-rahman, fazia com que nestas crises elle desenvolvesse de um modo admiravel todos os recursos que o genio amestrado pela experiencia lhe suggeria.

A noite descia triste: as nuvens corriam rapidamente do lado do oeste, e deixavam de quando em quando passar um raio afogueado do sol que se punha. O vento tepido, humido e violento fazia ramalhar as arvores dos jardins que circumdavam os aposentos de Abdu-r-rahman.

Passado algum tempo, uma porta, escondida entre os brocados que forram os lados do throno, abre-se lentamente, e um novo personagem apparece. No rosto de Abdu-r-rahman, que o aproximar, pinta-se uma inquietação ainda mais viva.

Chegando ao do kalifa, que ficára immovel, cruzou os braços e poz-se a contempla-lo calado. Abdu-r-rahman foi o primeiro em romper o silencio: "Tardaste muito, e foste menos pontual do que costumas, quando annuncias a tua vinda a hora fixa, Al-muulin! Uma visita tua é sempre triste como o teu nome.

Sentindo avizinhar a morte, Abdu-r-rahman tinha sempre diante dos olhos que esse fakih era como o anjo que devia conduzi-lo pelos caminhos da salvação até o throno de Deus.

O recem-chegado offerecia notavel contraste no seu gesto e vestiduras com as pompas do logar em que se introduzia, e com o aspecto magestoso de Abdu-r-rahman, ainda bello apesar dos annos e das cans que começavam a misturar-se-lhe na longa e espessa barba negra. Os pés do que entrára apenas faziam um rumor sumido no chão de marmore. Vinha descalço.

Chamava-se Mohammed-Ibn-Ishak, e era irmão de Umeyya-Ibn-Ishak, kaid de Chantaryn, um dos guerreiros mais illustres do Islam, segundo diziam." "Ora esse wasir cahiu no desagrado do Abdu-r-rahman, porque lhe falava verdade, e rebatia as adulações dos seus lisongeiros.

A cabeça de Abdallah cahiu aos pés do algoz na propria camara do principe no palacio Merwan. Al-barr, suicidando-se na masmorra em que o tinham lançado, evitou assim o supplicio. O dia immediato á noite em que se passou a scena entre Abdu-r-rahman e Al-gafir, que tentamos descrever, foi um dia de sangue para Cordova, e de lucto para muitas das mais illustres famílias.

Palavra Do Dia

stuart

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