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Emfim, rematei, e quantas coisas mais!? A quem se deve por exemplo o melhoramento entre nós do carro do lixo? Menezes coadjuvou-me, indicou o boticário: A êle! A quem se deve a construção do coreto na Praça Nova? A êle! A quem se deve a compra dum irrigador para o hospital civil? A êle! a êle !

O vento incomodava os seus companheiros de viagem; ele porém acolhia-o com delicias, pensando que aquela mesma brisa teria talvez acariciado os faces de sua filha. Bem que o comboio deslizasse veloz sobre os seus cordões de ferro, acusava-o de lentidão, e vinte vezes olhou para fora, desconfiado de que o horizonte, por pirraça, se afastava dele.

E assentado Bimnarder, e assentados todos derredor d'aquella fogueira, pediu o velho maioral a Bimnarder que lhe contasse como aquele desastre lhe acontecêra. «Contou-lh'o êle, brevemente, por lhe satisfazer: como andando o seu cavalo pastando vieram aqueles lobos, e mataram-lh'o, primeiro que lhe pudesse valer.

Depois da refeição, nem ele nem a companheira pensaram em dormir. Rio abaixo e rio acima, findara a corrida dos animais.

O Silveira estremeceu. Nem êle se lembrava ... E contudo hão havia meio, agora, de furtar-se decorosamente

Por que prodígio aquele misantropo, que durante onze anos não se aventurara fora de casa, com medo de encontrar o oval de qualquer dos seus semelhantes, vinha agora convidar um desconhecido para festejar com ele o aniversario do Natal! O pintor não se inquietou com esse enigma. Contentou-se com ser feliz.

Tudo lhe havia quitado descaroávelmente esta estúpida idéa da Rèpublica: os cincoenta mil reisitos que êle, mensalmente, ia ou mandava com tôda a pontualidade receber, a título dum amanuensado hipotético na Junta do Crédito Público; as bôas graças da sua apetecida noiva, a Laurita, filha dum acaudalado burguês e pelo pai abominávelmente educada, a qual agora, com o Afonso Costa no poleiro, cantava tambêm de papo; e até, o seu pensamento hipócrita rematava, e até as nobres, as suavíssimas côres da bandeira de seus avós, êsse azul calmo e êsse branco ingénuo, símbolo irrefragável da alma nacional, ora via suplantadas por um vermelho de açougue e um verde de curral, duas tonalidades irreconciliáveis, duas côres ásperas, irritantes, heréticas, como punhais, como blasfémias.

E relembravam episódios, particularidades quase extintas: o Fernandinho vestido da menino do coro, batina vermelha e roquete de rendas, cobrindo-se de teias de aranha pelo forro do teatro, de gatinhas e com um «toco» de vela na mão, aos tropeções, para ter o gosto de ser ele a despejar do óculo aquela papelada; o Melo da administração, vestido de Frei António, sandálias e grande chinó de calva redonda, feita de uma bexiga de porco, com o Teles em triunfo por entre os bastidores, seguido pela turbamulta dos companheiros, em hábitos de frade e fardetas de galuchos, dando vivas ao poeta! ao grande Teles, ensaiador da rapaziada!

De-certo por amor dela pois que tal ódio do senhor de Lara, ódio que com tanta deslealdade e vilania se cevava, podia nascer de ciumes, que lhe escureciam todo o dever de cavaleiro e de cristão. Sem dúvida êle surpreendera olhares, passos, tenções dêste senhor D. Rui, mal acautelado por bem namorado. Mas como? quando?

Era um Anjinho Dentro de nossa casa, abençoando... Era uma Flôr, um Astro, um Amorzinho. Um dia, em que ele, ao de mim, sósinho Brincava, estes meus olhos inundando De graça, de inocencia e de carinho, De tudo o que é celeste, alegre e brando, Vi tremer sua Imagem, de repente, No ar, como se fôra Aparição.

Palavra Do Dia

imperceptivel

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