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Mas a El-Rei meu Senhor pedi licença de vos escrever, pela primeira e ultima vez, para de longe conversar comvosco, condemnado, como estou a não mais vos vêr, nem ouvir. A palavra humana é fraca, para exprimir a violencia da dor, que soffro, ao lembrar-me d'essa condemnação eterna! Deus me conceda a resignação precisa, e a minha alma se fortaleça com tão duras provações!...
Queria que me deixasse sentar um bocadinho nas suas cadeiras... Estou muito fatigada, falta-me já a força n'estas velhas pernas, que tanto andam, e tão pouco caminham... Tudo me falta... até a vista; nem já a menina me parece o que era aqui ha um anno!... Deve ter feito uma grande mudança a sua vida!... Vejo-a tão coadinha... A menina soffre do corpo, ou da alma? Que lhe importa do que eu soffro?
Tua Idéa, ó Grão Ser, ó Ser Divino, Me he vida, se me dão mortal desmaio Males que soffro, e males que imagino.
Se soubesses como eu soffro... Brancos e delgados, muito delgados e muito brancos, os seus labios eram duas folhas sêccas, muito ricas de nervuras, frias como a neve dos polos. Eram botões de fogo, n'outro tempo, os seus beijos, que só por milagre não queimavam. Havias de querer-me muito, se soubesses como eu soffro...
Não devo soffrer um instante a perda d'um miseravel, que eu vejo d'aqui com uma grilheta d'ouro algemada a uma perna, tapando em vão os ouvidos para não ouvir-lhe o ruido... a sentença do forçado que o segue até ao fim d'uma existencia farta de opprobrio, e celebre de infamias! «E não soffro, Carlos!
Saiba que dou mais pela creança, de quem é aquelle retrato, do que por quantos sotainas lhe ouvem os seus peccados todas as semanas e por quantas beatas andam comsigo a dar marradas no lagêdo da igreja. Fazer a cabeça doida á minha filha! Tenha mão na lingua, comadre, que lhe não soffro tanto. Doida lh'a trazem a vossemecê os missionarios e os sermões. Seu marido fôra eu, que a mania lhe tirava.
N'outro tempo, não se me dava sentir aggravar-se o mal; mas, agora, queria vêr-me livre, queria viver muito n'este marasmo de todos os sentidos. Não o quiz a Providencia. Ha quinze dias que soffro muito. Dizem-me que tenho uma aneurisma. Não sei o que é...
A carta era do punho de D. Anna, e resava assim: «Minha boa Maria e presada irmã: «Estou viuva!... Nem os carinhos da minha profunda e constante adoração; nem a linguagem caridosa das tuas cartas, em que chegaste a pedir indulto para culpas que não eram tuas; nem os esforços, em fim, dos homens da sciencia medica, poderam roubar á morte o meu desditoso Leopoldo!... Mataram n'o os remorsos de não ter conhecido e compensado a tempo o meu immenso affecto!... Vê, por isto, quanto eu soffro, Maria!... Ha cerca de seis annos que todos os meus cuidados se resumiam na conservação da vida do unico homem que amei!... Perdi-o!... perdi-o para sempre, minha querida irmã!... E elle era bom, Maria!... Os arrebatamentos do seu genio terminavam por um terrivel soffrimento, com o qual sobejamente se castigava do mal causado aos outros!... Era tão bom, que o mataram uns mal entendidos remorsos!... E eu vivo ainda, minha irmã!...
Por compaixão por ti e por mim atalhou elle. Que me importa a religião de Roma, se é christão igualmente o culto ensinado por Calvino, e mais consentaneo com a liberdade e o arbitrio do homem! Não me arrependi; não soffro remorsos. Asseverei-t'o tantas e repetidas vezes, e porque m'o não acreditas? Leio melhor que tu no fundo do teu peito continuou Beatriz.
Não sabes como soffro horrivelmente, receiosa dos perigos que virão. A avosinha tambem está muito afflicta depois que os francezes entraram em Abrantes. Já cá sabemos da partida da familia real, apezar de tu, grande dissimulado, m'o não haveres dito! O padre capellão anda sempre a contar dinheiro e a ralhar com os abegões. Isto é uma tristeza!
Palavra Do Dia
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