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Cedo, bem cedo, os vultos dirigentes comprehenderam que a lucta era impossivel, que o mysterio nipponico findára; e o Japão foi descerrando pouco a pouco as suas portas, entrando em negociacões com os diplomatas estrangeiros, não pela iniciativa incompetente do shogun, mas pela propria iniciativa do soberano.

A historia plenamente nos explica o odio que a massa dos guerreiros ia nutrindo então pelos estranhos. O shogun, generalissimo do imperador, com residencia em Yedo, assignára por conta propria tratados de amisade e de commercio com a America e com a Europa, e os estrangeiros, em Yokohama, pisavam afoitamente o solo japonez.

A lenda dá-lhe mui longos annos de existencia, e reza que ha quasi quatro seculos o shogun Nobunaga tanto se agradou d'aquella arvore, que mandou arrancal-a e transportar para um dos seus jardins; mas tanto se mirrava o sagueiro, e tanto se lamentava noite e dia, que não houve remedio senão trazel-o de novo ao velho poiso. Do jardim, passa-se ao pequeno cemiterio.

no fim da existencia, dignou-se uma vez o Shogun recompensal-o dos seus muitos serviços, dizendo-lhe que pedisse o que quizesse.

O shogun, supremo em mando até então, estava perdido, debaixo de seus pés tremia a terra, rugia o vulcão politico que em breve ia esmagal-o; mas, pela fatalidade dos tempos, as energias e as cubiças dos intrusos haviam de vencer, de impôr os seus designios; e a rhetorica dos diplomatas, prudentemente sublinhada pela metralha dos canhões, tinha de ser ouvida.

O shogun violava por este modo o dogma sagrado do imperio, que era o isolamento absoluto, a exclusão do homem do Occidente, o desdenhoso desinteresse pelo mundo, o goso eterno e sem partilha, deliciosamente egoista, do paiz maravilhoso que os deuses haviam legado ao povo eleito.

Sonhou um dia o Shogun, Generalissimo do imperio, que um padre lhe apparecia e lhe dizia estas palavras: «Eu sou o defunto superior do templo de Kurama; e rogo-vos, senhor, que ordeneis a Kano Motonoba de pintar o meu retrato, para ser collocado no templo onde passei meus longos dias de existenciaAcordando, mandou chamar o grande artista, fez-lhe a encommenda, e soube então que elle tivera igual visão durante a mesma noite.

Estes acontecimentos succediam-se em tropel; a grande maioria da nação não podia aprecial-os, e menos presumir das vistas do soberano; a grande maioria da nação ia odiando o shogun e repetindo o seu credo «Morte aos barbarossem se aperceber que a situação mudára, que a côrte tratava com as potencias, e que a aggressão aos europeus, havia pouco meritoria, era agora condemnada e prejudicava fortemente a marcha da politica imperial.

O shogun, por inutil, foi deposto; como se não conformasse com a vontade imperial, travou-se dura lucta, foi batido e retirou para Yedo.

Quando a noticia do insolito desacato chegou até Kioto, a cidade santa, onde vivia a côrte, em torno do Soberano, a mais accesa colera explodiu, e todas as energias se ligaram para humilhar o shogun e varrer para sempre da patria os teimosos intrusos. «Morte aos barbarosfoi o grito do soberano, da côrte, dos senhores feudaes. «Morte aos barbarosfoi o credo que incutiram ás legiões á pressa reunidas, que corriam a expulsar, a massacrar, a exterminar, os estrangeiros.

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