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«Mas se v. ex.ª, pelo contrario, entender que deve zombar do sentimento de justiça a que obedecemos, seremos obrigados a provar-lhe que o seu coração não merece a compaixão de ninguem

Sôbre os rios do Reino escuro, quando Tristes, quaes nossas culpas o ordenárão, Lagrimas nossos olhos derramárão, Por ti, Sião divina, suspirando, Os que hião nossas almas infestando, De contino em error, as captivárão; E em vão por nossos Psalmos perguntárão; Que tudo era silencio miserando. Dizendo estamos: Como cantaremos As acceitas canções a Deos benino, Quando a contrarios seus obedecemos?

Essa individualidade passiva do nosso genio traduz-se na nossa historia. Ninguem busque n'ella movimentos originaes e profundamente caracterisados por uma idéa nacional: esperal-o-hia o castigo reservado a todas as chimeras. Ninguem busque tampouco o systema de um desenvolvimento proprio e organico, obedecendo a leis particulares, e constituindo, no seu todo, aquillo a que se chama uma civilisação: por esse lado apparecemos indestructivelmente ligados ao corpo peninsular; e apesar de politicamente separados, obedecemos ás leis geraes que lhe determinam a vida historica. O conjuncto dos nossos pensamentos moraes, o caracter dos movimentos que compõem o systema do desenvolvimento das instituições, o das condições das classes, e até as linhas geraes da nossa vida politica, são apenas um aspecto do systema da historia da peninsula iberica. Por isso nós, que, em outro livro, tratamos d'este assumpto, não voltaremos agora a occupar-nos d'elle, para não fatigarmos o leitor com repetições inuteis. Procuraremos n'esta obra determinar o modo particular, proprio ou nacional, com que realisámos um programma historico geral, definindo a nossa individualidade collectiva; procuraremos tambem indicar os movimentos politicos, em que resolutamente defendemos a nossa autonomia; e finalmente mostrar que, sendo a ausencia de caracter nacional affirmativo, e a malleabilidade com que recebemos e assimilamos as influencias extranhas, o que mais pronunciadamente nos individualisa como povo, a independencia da nação não proveiu de factos naturaes, porém sim dos actos de vontade dos seus homens. Causas de outra ordem houve de certo que vieram dar-lhes um apoio energico, e, não falando agora nas maritimas e coloniaes, referimo-nos ás influencias extranhas á Hespanha, que por momentos nos pozeram, a nós, seus filhos, n'um estado de antagonismo transitorio com o desenvolvimento da historia peninsular.

Mortos d'Esparta os Héroes valerosos Da fera multidão, fazendo extremos, Taes Epitaphios tinhão gloriosos: Dirás, Hóspede, tu, que aqui jazemos Passados do inimigo ferro, em quanto Ás santas Leis da Patria obedecemos. Fugindo os Persas vão com frio espanto, Mas achão as mulheres no caminho, Mostrando-lhes o ventre, em terror tanto.

A obediencia he o eixo da carroça social, por falta deste dever he que ninguem hoje póde viver no mundo. A nossa sociedade compoem-se de sabios que sabem muito bem a sua obrigaçaõ, sem o conselho dos quaes nenhuma póde ser bem dirigida. O nosso velho mandou, governa, obedecemos.

Não obedecemos a interesses claros da nacionalidade nem a exigencias da nossa expansão, nem sequer a affinidades de cultura ou imposições da economia portuguesa: requestamos um bom encosto, embora nos sirva para satisfazer vaidades e pavonear forças alheias. Seria longo enumerar todos os aspectos sociaes em que divergem, neste momento, os povos brasileiro e português.

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