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O Universo, é convívio, por isso o artista retribui, e em excesso, tôdas as dádivas que recebeu. O Mar, o mar dos portugueses, entrou pelas órbitas do Poeta e saiu cantando as oitavas dos «Lusíadas». E tão íntimo foi o abraço, tão perfeita a transfusão que o marulho longínquo do Oceano é esta própria fala: «Bramindo o negro mar de longe brada Como se desse em vão nalgum rochedo»

Durante tôda essa deliciada sarabanda de sociais mexericos, continuára a marcar zero para a assistência aquele anonimato humilhante do Silveira. Debalde êle a quando a quando demandava, a que lhe désse importância e valor, o generoso amparo da inocência, nalgum implorativo olhar despedido com um sorriso a Dorita, a qual, tôda ouvidos

Á cerração matinal succedera um sol frio d'inverno, que dava vontade a gente improvisar pic-nics á beira-mar, fóra da cidade, longe dos botequins e das brasseries, nalgum verde recanto onde houvesse bastante quietação e muita agua, n'um logarejo calmo de suburbio d'onde se podesse ver ao longe, mas muito ao longe, a miniatura da cidade soturna e cansada...

32 "E se te move tanto a piedade Desta mísera gente peregrina, Que por tua altíssima bondade, Da gente a salvas pérfida e malina, Nalgum porto seguro de verdade Conduzir-nos agora determina, Ou nos amostra a terra que buscamos, Pois por teu serviço navegamos."

Todo êste inflamado rol de ameaças o Silveira leu breve e distraídamente, sem dar ao assunto maior atenção, como se se tratasse de remotas coisas passadas nalgum país desconhecido. Tinha agora uma carta do seu irmão Bernardo. Lamuriava a sua falta de trabalho, a ignorância rotineira dos lavradores, a descrença e a impiedade corrompendo tudo... e pedia-lhe dinheiro.

E ſe te moue tanto a piedade, Deſta miſera gente peregrina, Que ſo por tua altiſsima bondade, Da gente a ſaluas, perfida & malina, Nalgum porto ſeguro de verdade: Conduzirmos ja agora determina, Ou nos amostra a terra que buſcamos, Pois ſo por teu ſeruiço nauegamos.

38 "Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo o negro mar, de longe brada Como se desse em vão nalgum rochedo. "Ó Potestade, disse, sublimada! Que ameaço divino, ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?"

Tão temeroſa vinha & carregada, Que pos nos coraçoẽs hum grande medo, Bramindo o negro mar, de longe brada Como ſe deſſe em vão nalgum rochedo: O poteſtade, diſſe, ſublimada Que ameaço diuino, ou que ſegredo, Eſte clima, & eſte mar nos apreſenta, Que môr couſa parece que tormenta?

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