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38 "Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo o negro mar, de longe brada Como se desse em vão nalgum rochedo. "Ó Potestade, disse, sublimada! Que ameaço divino, ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?"

20 Algum repouso, enfim, com que pudesse Refocilar a lassa humanidade Dos navegantes seus, como interesse Do trabalho que encurta a breve idade. Parece-lhe razão que conta desse A seu filho, por cuja potestade Os Deuses faz descer ao vil terreno E os humanos subir ao céu sereno.

Tão temeroſa vinha & carregada, Que pos nos coraçoẽs hum grande medo, Bramindo o negro mar, de longe brada Como ſe deſſe em vão nalgum rochedo: O poteſtade, diſſe, ſublimada Que ameaço diuino, ou que ſegredo, Eſte clima, & eſte mar nos apreſenta, Que môr couſa parece que tormenta?

Meu Padre Guardião, que exemplarmente Regeis essa Capucha Sociedade, Que munida do véo da Santidade Passa como não passa a mais da gente: Vós que á força de braço omnipotente Fazeis tremer do inferno a potestade, E aos exorcismos de hum vosso Frade Se explica o Demo em Portuguez corrente: Logo que dessa estola o forte escudo Buscar esbelta Nynfa, que atacada Seja d'algum Demonio surdo, ou mudo,

Ves o extremo Suez, que antigamente Dizem que foy dos Heroas a cidade, Outros dizem qne Arſinoe, & ao preſente Tem das frotas do Egipto a poteſtade: Olha as agoas, nas quaes abrio patente Eſtrada o gram Mouſes na antiga ydade Aſia começa aqui, que ſe apreſenta Em terrás grande, em reinos opulenta.

37 Ela, por que não gaste o tempo em vão, Nos braços tendo o filho, confiada Lhe diz: "Amado filho, em cuja mão Toda minha potência está fundada; Filho, em quem minhas forças sempre estão; Tu, que as armas Tifeias tens em nada, A socorrer-me a tua potestade Me triz especial necessidade.

Emquanto o povo inteiro, os peitos soluçantes Esperava de vós um acto de justiça, De codigo na mão os olhos coruscantes Eivada de rancor entraveis da liça E de bocca a espumar, terrivel colossal, Dictaveis a sentença onde imperava o mal. Ó velha Disciplina, ó tola potestade, Ó funebre espantalho, ó velha rabujenta.

15 "Em torno o cerca o Reino Neptunino, Co'os muros naturais por outra parte; Pelo meio o divide o Apenino, Que tão ilustre fez o pátrio Marte; Mas depois que o Porteiro tem divino, Perdendo o esforço veio, e bélica arte; Pobre está de antiga potestade: Tanto Deus se contenta de humildade!

Que mil daria a cada virgem destas, E que a ella outras mil tambem daria, Todas de claro sangue, e em vista honestas. Alli sua pureza e virgindade Queria com solemne e sacro voto Consagrar á divina Potestade, Que o ceo e a terra fez de proprio moto. E que deixasse a vãa gentilidade Seu filho, para genro ser de Noto, Para que neste espaço doutrinado Fosse na de Christo, e baptizado.

Algum repouſo em fim, com que podeſſe Refucilar a laſſa humanidade Dos nauegantes ſeus, como intereſſe Do trabalho, que incurta a breue idade: Parecelhe razão que conta deſſe A ſeu filho, por cuja poteſtade Os Deoſes faz decer ao vil terreno, E os humanos ſubir ao ceo ſereno.