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A scena capital e magistral da Sapho de Daudet é alli que se passa; quando o pobre moço, empolgado pelo polvo terrivel que é para a mocidade uma mulher perdida, tenta despegar-se d'ella, quer fugir-lhe para recomeçar ao longe uma existencia calma e boa em harmonia com as leis sociaes, protectoras para quem as respeita, inexoraveis e implacaveis para quem as despreza ou para quem as illude e é vencido irreductivelmente pela piedade que ella lhe inspira, por aquelle bramido de animal, longo, constante, ininterrupto, com que Sapho acorda e sobresalta os écos de immensa solidão ao vêr imminente a ruptura de que elle lhe fala, que elle com mil precauções lhe faz prever... Grande quadro e de uma moral acre e dolorosa mas incontestavel, que os moços deviam meditar, se é que os moços meditam, se é que a mocidade é compativel com a previdencia e o calculo.

Outras vezes a sua faculdade critica tão educada e tão fina, d'uma subtileza de comprehensão tão viva e requintada, atirava para o meio do auditorio sempre seduzido, senão sempre inteiramente capaz de o perceber com uma d'aquellas interpetrações geniaes, um d'aquelles aperçus soberbos, que pertencem aos que meditam e estudam os mais arduos e complexos problemas da vida social.

O dia que apóz vem, é o dos finados; dia de saudades e receios, de desconforto e arrependimentos, para todos quantos, com ou sem ella, possuem um entendimento, e meditam. ¡E que mais meditabundo que as montanhas! ¡E quem mais devaneador e recolhido, que homens acostumados a solidão, curtidos nas duras realidades da vida, remotos do cortesão bulicio, embotador pessimo de toda a sensibilidade!

Como é lindo o bosque verde, Que as verdes margens sombrêa! Como a fonte d'Ignez soluça ao longe! Parece inda chorar-lhe a morte escura, Osculando na pedra eternas manchas Do sangue espadanado Como os cedros a côma baloiçando Inda vergam de dor, inda meditam No caso triste de memoria digno, Que desenterra os mortos!

Vêem-se homens de aspecto grave, de movimentos pausados, de palavras medidas e espremidas, escutados, aqui e além, por um auditorio attento, mudo, boquiaberto, cujas cabeças, balançando-se, como as dos bonecos de porcelana, commentam com movimentos de approvação as palavras d'estes oraculos; são directores de bancos, ou de companhias commerciaes de outra qualquer natureza, bem ou mal reputados as primeiras capacidades da Praça; os accionistas, sempre inquietos pelo seu futuro dos capitaes, meditam cada palavra d'elles, como as de uma mensagem de Napoleão III, na abertura do parlamento francez.

Haja paciencia, que ainda falta o mais essencial. Aquellas penas corporaes são quasi nada. Repugnantissimas que ellas se nos figurem, são essas, ainda assim, a menos repugnante cousa que o inferno encerra. O inferno espiritual Em que meditam esses pobres entes atormentados? Que sentimentos os dominam?

Meu amigo, na adversidade é que se fazem os grandes calculos, e que se traçam os grandes planos. Pelo que vejo, os calculos e os planos de fazer que quatro contos produzam cem em cinco ou seis annos, se meditam quando o coração está de todo em putrefacção, e as algibeiras vazias... Parece-me que tem razão, senhor padre... Como se chama, meu caro senhor?

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