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Michelet, demolindo no seu ultimo livro a legenda napoleonica filha da reverencia da historia pelo falso heroismo de Bonaparte, mostra-nos que a fascinação grosseira produzida pelo «heroe de Marengo e de Austerlitz» teria cahido perante o bom senso e perante a gargalhada, se a França não tivesse perdido, depois do Terror, o riso, a sua grande arma contra os tyrannos.

Por mais que lhe fallassem do grande genio e do poder immenso de Napoleão I, por mais que lhe mostrassem os granadeiros de Marengo e de Austrelitz e por mais que lhe dissessem que os vinham proteger, o povo teimava. Bem amigos de Camões são os portuguezes. O general Junot promettia um Camões para a Beira. Pois nem com isso ganhou os animos dos beirões.

Estava Fernando Gomes em Florença, conforme o seu costume em toda a parte, sequestrado de toda a convivencia, visitando antiguidades, lendo outras, e como que mumificando-se a si proprio entre tantas velharias. Alguem disse a Fernando que o hospedeiro principe de Monfort mostrava aos seus visitadores a espada que Napoleão floreara na batalha de Marengo.

Fôra lavrada essa censura no artigo de critica litteraria com que o sr. Castilho acompanhou o pobre poema, que ahi publiquei, e que ficou d'essa fórma illustre. Marengo e Austertilz, diz Victor Hugo no prologo das Orientaes, eram duas ignoradas aldeias; immortalisou-as um dos lampejos victoriosos da espada de Napoleão.

Ao fundo da scena havia trez cadeiras de braços, que se conservaram devolutas até á chegada de Junot, e em frente o busto de Napoleão a resaltar sob um docel armado com quatro bandeiras em que se liam os nomes de outras tantas batalhas assignaladas: Marengo, Austerlitz, Iena e Friedland.

O vencedor de Marengo e o poeta de Manfredo, convulsivos e desesperados, tiveram o enthusiasmo e a acção; o triste que escreveu essa admiravel elegia ao Passaro Solitario, em nada acreditava, senão na inutilidade da vida e no repouso da morte. Não era portanto um guia que escolhessem os que viam a existencia mais complicadamente.

Fadou-me Arcóle e Rívoli Marengo, e Lodi, e as mais; Rompi d'um canto homerico Em dias immortaes. O mesmo sou, que os seculos, De tanto ousar pasmados, No cimo das pyramides Mostrei aos meus soldados. Fiz n'essa terra, symbolo De olympicos avós, Estremecer nos tumulos Os velhos Pharaós; N'essa, ao potente estrépito Do arrojo e das victorias, Cubri co'as palmas ínclitas As maximas memorias;

A obra de Milão iniciada no seculo XIV, é interrompida por desavenças entre os architectos, uns allemães, outros italianos, outros francezes; é continuada no seculo XVI em stylo da renascença; e tão sómente em 1805 a restauração do monumento no seu stylo primitivo, segundo os programmas mais tarde definidos, se achou determinada por Napoleão I, o qual pela vastidão do seu genio, ainda que pouco propicio aos humildes, muitas vezes se adeantou do seu tempo, e em muitas campanhas da intelligencia indicou de antemão o ponto da victoria, assim como ao principiar a campanha de Italia assignalava na carta do Piemonte o logar de Marengo.

Lodi, Arcole, Rivoli, Marengo, Iena, Austerlitz, estão em todas as boccas, produzem em todos os cerebros o assombro, o respeito, o enthusiasmo! O segundo quadro 1814 é a retirada, é a derrota, é a melancolica derrocada do sonho gigantesco e sobrehumano. O heroe vem cançado, abatido e triste.

Marengo, Eylau, Essling, Wagram, e cem estações assignaladas pelos prodigios do seu genio, viram a terra gemer abalada pelo galope dos esquadrões; viram os thronos vacillar, ou alluirem-se; viram os principios nóvos germinarem grávidos do futuro nos sulcos rotos pela inundação, quando a onda vencida recolheu ao antigo leito!

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