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Durante muitos annos, no 1.º d'outubro, D. Pedro era certo á porta do recolhimento, que ficava para os lados do Campo d'Ourique, a principio com Leonor, mais tarde, quando Laura chegou aos nove annos, com as duas filhas.

Os historiadores sarracenos Ibn-Khallekan e Ibn-Al-Khatib consideram Iussuf-Ibn-Tachfin como o fundador da dynastia almoravide. se que, segundo a chronologia de Ibn-Khallekan e de Ibn-Al-Khatib, a ordem da dynastia é a mesma, e que o successo d'Ourique tambem cai no reinado de Aly-Ibn-Iussuf.

O Silveira era doudo pela banca portugueza; e o meu amigo Bento de Castro, destro burlista n'este ramo dos conhecimentos humanos, empalmou em poucos dias ao marquez e aos fidalgos do quartel general uns seis mil cruzados com que resolveu ir viajar, se o deus d'Ourique não favorecesse a causa do marquez de Chaves.

Saiba tambem que, um ou dous mezes antes de se imprimir o opusculo sarraceno, se dizia pelos cantos, que na Academia se lera uma cousa mourisca, que excitara o enthusiasmo d'alguns daquelles padres-conscriptos, porque ahi se me provava com textos arabes que eu não soubera o que tinha dicto quando falei com tanta irreverencia e falta de patriotismo nesse facto d'Ourique.

Sabemos que o actual abominio tenta exterminar toda a geração d'ourique, e cassar as promessas do Divino Salvador matando o Promettido e Desejado; e d'este projecto ri e zomba, e escarnece a nossa pela vaidade do sonho ser digna e merecedora de mais prompto desprezo; mas não basta que o Senhor defenda uma causa para que se considere heroica: convém que o homem e o povo eleito e escolhido para a façanha se mostrem dignos, timbrosos, sobranceiros ao maior perigo e intrepidos e confiados na justiça do commettimento, e na gloria da Divina Protecção.

A viveza, a facilidade em comprehender, em apanhar... A esperança constante n'algum milagre, no velho milagre d'Ourique, que sanará todas as difficuldades... A vaidade, o gosto de se arrebicar, de luzir, e uma simplicidade tão grande, que na rua o braço a um mendigo... Um fundo de melancolia, apesar de tão palrador, tão sociavel.

S. Affonso foi rei d'Ourique por justa e divina acclamação, as côrtes e os poderes do estado applaudiram a eleição, juraram seus preitos, e deram todos os documentos de boa e de cordial testemunho, do sincero empenho e da resolução em que estavam de todos os sacrificios para sustentar a acclamação e para continuar a guerra aos infieis.

São tão descommunalmente grandes os factos, que, em sua mesma simpleza, ora se nos affiguram episodios d'Homero, exuberantes d'esforços titanicos, ora se retingem dos toques sombrios de Dante. As façanhas da invasão franceza claramente revelam que ha pouco mais de sessenta annos corria ainda nas veias dos portuguezes o sangue dos valentes d'Ourique, Aljubarrota e Montijo.

O dominio mussulmano ficou como estava depois da jornada d'Ourique. Affonso I voltou muito depressa para os seus estados, ao norte do Mondego, porque sabía do officio de soldado. Sessenta annos de lucta depois da bulha d'Ourique não bastaram para expulsar de todo do actual territorio português os mussulmanos.

No meio dos seus sonhos e prophecias o santo rei d'Ourique previa e affirmava, que o seu successor da 16geração havia de ser rei e papa, e era tão firme n'esta sincera e antecipada previsão, que algumas vezes via a propria figura, e se compadecia das tramas e desgraças que o haviam de perseguir, e dos males que haviam de sobrevir ao reino, e das heresias em que o via e considerava submerso e como amortecido pelo diuturno interdicto e geral perdição.

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