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Armand Carrel e a geração revolucionaria da primeira metade d'este seculo seguiram cegamente o mesmo ideal: para elles a republica é sempre a Convenção, dispondo da pessoa e dos bens do povo em nome do povo, salus populi suprema lex: para elles o chefe republicano é sempre Robespierre, concentrando n'uma mão todos os poderes politicos e estendendo a outra para a auctoridade religiosa.

«A França, onde a immensa combustão principiara, ainda se reenflammou uma vez contra a senil e caduca Restauração e teve, durante alguns annos, uma prolongação artificial de vida politica na tribuna illustre de Guizot, Royer Collard e Thiers, e na imprensa convicta e apaixonada de Armand Carrel e de P. L. Courier; mas formado e desfeito o sonho de 1848, caiu, sossobrou, veio, pouco a pouco, a volver-se no que está, no que é hoje... A Italia depois de Cavour e de Garibaldi, a Hespanha depois de Espartero e de Mendizábal, Portugal depois de Mousinho da Silveira e de Saldanha, grandes nomes que marcam a estatura de velhos povos, voltaram fundamentalmente ao que eram d'antes, porque ha, meus senhores, uma tyrannia que as espadas não cortam, e um despotismo que a penna do legislador não fere de morte; a tyrannia das raças, e o despotismo da historia!

Em Miguel Christien transparece a integridade rigida, a consciencia admiravel, a fogosa independencia de Armand Carrel; em D'Arthez a bella alma, a vida modesta e simples, a magnificencia intellectual de um Berryer...

Emile Péreire, no tempo em que escrevia no Nacional, sob as ordens de Armand Carrel, tão pobre era que longe estava de imaginar o futuro de riqueza que o esperava. Foi, recordando-se d'esse passado de miseria, que elle pronunciou aquella esplendida phrase, de que Charlet fez uma caricatura: Aos trinta annos tinha dentes e não tinha pão; aos sessenta tenho pão e não tenho dentes.

Quando um homem do povo cahe mutilado, pela arma homicida dos poderosos do dia, chama-se Socrates, chama-se Spartacus, chama-se Gracho, chama-se Galileu, chama-se Danton, chama-se Vergniaud, chama-se Armand Carrel, chama-se Gomes Freire, chama-se legião. Mas a historia atravessa estes periodos symbolicos da vida das nações sem commemorar estes nomes? Para que?

Emile de Girardin, o celebre publicista, que em duello matou Armand Carrel, fazendo depois elle proprio a apologia do seu infeliz adversario; Emile de Girardin, embora não combatesse a instrucção obrigatoria, achava-a comtudo, ephemera e subjeita a erros. Assim como ninguem obriga o seu semelhante a comer um pedaço de pão, assim nós tambem não podemos obrigar ninguem a ser instruido.

Palavra Do Dia

alindada

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