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Atualizado: 18 de maio de 2025


Dizer-te o mais não posso, porque sente Est'alma no que disse tal tormento, Qu'esta memoria apenas me consente. O espirito ja debil, sem alento, No pouco que te tenho referido, Nas azas se sostem do pensamento. Oh mundo! qual he aquelle tão perdido, Qu'em ti crê, qual aquelle tão insano, Vendo-te todo em damno instituido?

Ar, que de meus suspiros vejo cheio; Terra, cansada ja com meu tormento; Agua, que com mil lagrimas sustento; Fogo, que mais accendo no meu seio; Em paz estais em mim; e assi o creio, Sem esse ser o vosso proprio intento; Pois em dor onde falta o soffrimento, A vida se sostem por vosso meio. Ai imiga Fortuna! ai vingativo Amor! a que discursos por vós venho, Sem nunca vos mover com minha mágoa!

A vida desaparece; Entretanto geme e jaz O que caiu! e acontece Que d'um mal que se lhe faz, Môr despois se lhe recrece. Pena e galardão igual O mundo em peso sostem.

Os ventos erão tais, que não poderão Moſtrar mais força dimpeto cruel, Se pera derribar então vierão A fortiſsima torre de Babel: Nos altiſsimos mares, que crecerão, A pequena grandura dhum batel, Moſtra a poſſante nao, que moue eſpanto Vendo que ſe ſoſtem nas ondas tanto.

Gloria de que gozar não merecia! E qual se póde ver quem hum cuidado Sostem, que he da dor certa morada, E nelle vive desesperado? Qual ha de ver-se, ó Nympha delicada, Hum'alma que te via; e em te vendo O fio lhe cortou a Parca irada? A causa deste mal eu não a entendo: entendo que, perdida essa luz pura, Por perdida a não ver, vivo morrendo.

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