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Atualizado: 23 de junho de 2025


Gosa tudo: a desgraça, a fome, a terra, o sol, o riso, porque nunca voltarás a sentir senão n'uma infinidade de seculos. Impregna-te de vida, do teu largo quinhão de vida, para que ás portas do Nada possas dizer: Vivi!... Estão em primeiro logar os deveres para comtigo, do que os deveres para com os outros.

Dos cinco aos dez annos de edade vivi com meus paes n'uma pequena quinta, chamada o «Castello », que tinhamos áquem Doiro, e que se dizia tirar esse nome da vizinhança das ruinas do antigo castello mourisco que alli jazem perto. Com os olhos tapados eu iria ainda hoje achar todos esses sitios marcados pela tradição popular.

Ahi anda espirito-santo de orelha... O teu genio não é esse... O meu genio é a minha dignidade, n'este caso. Responda-me: Offendi a sua honra? «Não, disse duas vezes que não. Faltei aos meus deveres de esposa? «E ella a dar-lhe! Pois bem: quero viver como vivi nos primeiros seis mezes da nossa união. Quero ir ao theatro, aos bailes, ás visitas, como ia em solteira.

Não posso dizer que fosse o coração que me dictasse a resposta que dei. Se o dissesse, nem o snr. Clemente me acreditaria; não é verdade? Bem , eu mal o conhecia, quasi que nem tinhamos fallado ainda, eu vivi até agora longe de si e nenhum de nós costumava pensar no outro. Pois não é assim?

Eu devia adivinhá-la. Tê-la como fatal derivação da minha vida. Tenho o mal dos que passaram a vida a vibratilizar os nervos. Ainda na oração e no culto vivi uma tolerancia que escandalizou os meus superiores. Como não havia de ser tolerante para os peccados alheios, se sabia, por experiencia, o que era o inferno e a penitencia de soffreá-los.

Ja me fundei em vãos contentamentos, Quando delles vivi todo enganado De hum phantastico bem, e de hum cuidado, De que cuidão cegos pensamentos. Passava dias, horas e momentos, Deste enleio de amores tão pagado, Que tinha por bem-aventurado Quem por elles mais bebia os ventos. Mas agora que ja cahi na conta, Desengana-me quanto me enganava; Que tudo o tempo , tudo descobre.

Suspiros inflammados que cantais A tristeza com que eu vivi tão ledo, Eu morro e não vos levo, porque hei medo Que ao passar do Letheio vos percais. Escriptos para sempre ja ficais Onde vos mostrarão todos co'o dedo, Como exemplo de males; e eu concedo Que para aviso de outros estejais. Porque de minha morte se ennobrece?

Scintillações, rumores por toda a parte, por toda a parte a solidão. Alli as arvores eram minhas amigas, as coisas conheciam-me e eu vivia d'uma vida convencida, forte, bravia... Vieram depois as palavras, os mestres, os amigos, e eu nunca mais achei sabor á vida, até que acordei agora com este grito: Nunca vivi!...

Aqui me achei gastando huns tristes dias, Tristes, forçados, maos e solitarios, De trabalho, de dor, e d'ira cheios: Não tendo tãosomente por contrarios A vida, o sol ardente, as ágoas frias, Os ares grossos, férvidos e feios, Mas os meus pensamentos, que são meios Para enganar a propria natureza, Tambem vi contra mi; Trazendo-me á memoria Alguma ja passada e breve gloria, Qu'eu ja no mundo vi, quando vivi; Por me dobrar dos males a aspereza; Por mostrar-me que havia No mundo muitas horas d'alegria.

Nem as recordações de nossa passada felicidade, nem as memorias dos crueis lances que nos custou, dos sacrificios tremendos que por mim fizeste, nada, nada póde acordar na tua alma um echo, um echo sumido que fosse, da antiga harmonia de nossas vidas da nossa vida, Georgina, porque nós chegámos a confundir n'um os dois seres da nossa existencia Oh! porque vivi eu até este dia?

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