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Atualizado: 19 de junho de 2025


Deixei-me cahir para o chão, como um morto, cerrei os olhos. Mas d'ahi a um instante Umbopa fez-me erguer e notar, á distancia de oito ou nove milhas, uma especie de outeiro redondo e liso que se erguia abruptamente na planicie rasa. Não parecia uma elevação natural de terreno, na sua semelhança estranha com uma metade de laranja. Quando me tornei a deitar adormeci logo, murmurando: «Que será?...»

Na duvida traduzi as estranhas fallas aos meus amigos, solicitei-lhes conselho. O barão pediu-me que mandasse pôr o homem de . Umbopa ergueu-se, deixando escorregar ao mesmo tempo o vasto casacão militar que o envolvia, e ficou diante de nós, mudo, erecto, soberbo, todo , com um simples pedaço de pano em torno dos rins e um fio de garras de leão enrolado ao pescoço.

N'esse instante senti alguem por traz de nós respirando: era Umbopa, que trepára tambem ao comoro, e considerava o deserto com pensativa gravidade. Vendo que eu reparára n'elle, deu um passo lento, depois outro mais lento. E dirigindo-se ao barão (a quem parecia ter-se affeiçoado), apontando com a sua grande azagaia para o lado dos montes:

Cada um em silencio se estendeu para dormir. Eu fechava os olhos, resvalava dôcemente no esquecimento e no sonho, quando ouvi Umbopa ao meu lado murmurar para si proprio em zulú: O que é a vida! Se ámanhã não achamos agua, a lua ao nascer encontra aqui quatro mortos... Vida, sombra que passa! vida, murmurio que finda! Apesar do calor senti um arripio. Eram quatro da manhã quando acordei.

Adiante de nós alguns passos, Umbopa, de azagaia na mão, com a carabina a tiracollo, olhava fixamente para o deserto: atraz de nós, n'um grupo, Venvogel, com os tres negros que levavam as cabaças d'agua, esperavam, direitos e mudos: e nós tres, os homens brancos, muito juntos, sentiamos bater forte o coração. De repente, o barão tirou devagar o chapéo.

Umbopa, respondeu o homem n'uma voz lenta e grave. Estou a pensar que te vi algures. , Makumazan! Makumazan é o meu nome cafre e significa aquelle que se levanta pelo meio da noite para vigiar; ou antes, aquelle que conserva sempre os olhos bem abertos. Makumazan, continuou o Zulú, viu-me em Izand-luana, na vespera da batalha... Lembrei-me então completamente.

Mas de repente Umbopa, que marchava na frente, rompeu n'um grande canto uma canção zulú, dizendo d'uns homens que, cansados da vida e da monotonia das coisas, se tinham mettido ao deserto, para achar occupação ou morrer, e que, para além dos sertões, subitamente, encontravam um paraiso cheio de raparigas moças, de gado, de caça, e de inimigos para matar! Esta canção pareceu-nos de boa promessa.

E quando eu assim pensava, eis que o barão grita, como echoando o meu pensamento: No alto da collina! Talvez a agua esteja no alto da collina! Tolice! acudiu o capitão encolhendo os hombros. Agua no topo d'uma collina! Onde se viu isso? Procuremos! disse eu, com um bater de coração que era todo de esperança. Trepámos anciosamente pelo outeiro. Umbopa corria adiante.

E o pobre capitão torcia as mãos, na dôr de vêr assim despedaçado o servo valente que dera a vida por elle. Umbopa teve a palavra serena que convinha á disciplina. Veio, com os seus passos altivos e leves, contemplar os restos de Khiva, n'uma poça de sangue, junto á massa enorme do elephante, moveu a mão no ar e disse: Morreu. Bem d'elle, que morreu como um homem!

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