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Importantes foram os serviços prestados por Manuel da Maya á Torre do Tombo como guarda-mor, não no que respeita á ordenação e catalogação dos documentos, mas por occasião do terremoto de 1755 em que, em vez de acudir á sua casa, que deixou arder, procurou no que poude salvar os thesouros do Archivo.

Foi sepultada na egreja de Santa Clara, de Lisboa, e tão esquecida a quizeram, que nem um epitaphio lavraram sobre a lousa que a cobriu. E, como o terremoto de 1755 arrasou essa egreja e o convento annexo, desappareceram misturadas com os destroços dos dois edificios as cinzas da pobre princeza. Malfadada condição a sua!

Uma viva preoccupação da força é visivel nas suas grandes descripções e em nenhuma ella se manifesta tão energica como nas magnificas paginas sobre o terremoto. «Na manhã do de novembro a cidade estremeceu, abalada profundamente e começou a desabar. Eram nove horas, dia de Todos-os-Santos: nas casas ardiam as velas nos oratorios, e as egrejas regorgitavam povo a ouvir missas.

Perverteu-se por tal arte o gôsto entre nós desde o meio do seculo passado especialmente, os estragos do terremoto grande quebraram por tal modo o fio de todas as tradições da architectura nacional, que na Europa, no mundo todo talvez se não ache um paiz onde, a par de tam bellos monumentos antigos como os nossos, se incontrem tam villans, tam ridiculas e absurdas construcções públicas como essas quasi todas que ha um seculo se fazem em Portugal.

Depois de muito procurar acha emfim o auctor a egreja de Sancta-Maria d'Alcaçova. Stylo da architectura nacional perdido. O terremoto de 1755, o marquez de Pombal e o chafariz do Passeio-publico de Lisboa. O chefe do partido progressista portuguez no alcassar de D. Affonso Henriques. Deliciosa vista dos arredores de Santarem observada de uma janella da Alcaçova, de manhan.

Ditoso se deve julgar o paiz que de seculo a seculo produz um estadista como o marquez de Pombal e como Fontes Pereira de Mello. Não são certamente dois reformadores da mesma indole, mas são, indiscutivelmente, dois grandes reformadores. O marquez de Pombal reorganisou o ensino publico, a industria nacional, animou o commercio portuguez, e, depois do terremoto, refundiu Lisboa.

Duas muralhas fronteiras, balouçadas por violento terremoto, desabando, não fariam mais ruido, ao bater em pedaços uma contra a outra, que este recontro de infiéis e christãos: as lanças topando em cheio nos escudos tiravam delles um som profundo, que se misturava com o estalar das que voavam despedaçadas.

De um manuscripto, que seria optimo livro da topographia de Lisboa, se o terremoto de 1755 o não suspendesse, aniquilando talvez a mão laboriosa que o escrevia, extrahimos o capitulo respectivo ao paço da Ribeira, e edificios convisinhos.

Passára um seculo, e as circumstancias mudaram, como era natural que acontecese. Portugal não fôra de novo experimentado, felizmente, por uma segunda convulsão subterranea, mas um terremoto não menos perigoso e devastador havia abalado a primeira metade d'este seculo: a guerra civil.

Interessante no estudo relativo ao seculo XIII é ver, embora summariamente, o papel que tiveram os nossos engenheiros militares na restauração da cidade de Lisboa, após o terremoto de 1755, sobretudo o engenheiro-mor Manuel da Maya e os que mais directamente foram incumbidos dos monumentaes trabalhos, que honram a engenharia portuguesa.

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