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No pinheiral da gândara, que dormiu prolongados silêncios abrasados quando o sol ia alto, fulminando verdes searas a beber seu leite da terra criadora, entre cantares dos filhos do seu seio e seus escravos que em suor a banhavam fecundando-a no pinheiral da gândara, a árvore ferida, decepada do chão pelo aço luzente que o lenheiro vibrou em hercúleo arranco, solta tombando clamores tremendos; e a paz da floresta repetiu-os em ecos de saudade compassiva.

O sol do outomno, as folhas a cair, A minha voz baixinho soluçando, Os meus olhos, em lagrimas, beijando A terra, e o meu espirito a sorrir... Eis como a minha vida vae passando Em frente ao seu Phantasma... E fico a ouvir Silencios da minh'alma e o resurgir De mortos que me fôram sepultando... E fico mudo, extatico, parado E quasi sem sentidos, mergulhando Na minha viva e funda intimidade...

São precisos silencios virginaes, Disposições sympathicas, nervosas, Para ouvir estas fallas silenciosas Dos mudos vegetaes. As orvalhadas, frescas espessuras Presentiam-se quasi a germinar. Desmaiavam-se as candidas verduras Nos Magnetismos brancos do luar. ................................... E n'isto o melro foi direito ao ninho.

O Prior cabeceava, havia um bocado, e o Bento, depois de muito contar e muito mentir, assentara sobre o peitilho bordado a segunda barba rubicunda, olhando por baixo, com olhar acarneirado, cheio de meiguice avinhada e de somno mal combatido. Havia longos silencios e bocejos profundos. Então as velhas lembraram-se de, como havia cincoenta annos, acompanhar a Josepha ao quarto.

O publico era dominado por o artista, e n'um d'estes silencios que todos prevêem se desencadeiará em brados de enthusiasmo e phrenesi, escutava-lhe as duas quadras finaes: Porém o furor me incita! Dava, ao dizer isto, tres passos á frente, desembainhava o alfange e abria os braços. Tinha o que quer que era de Adamastor, visto assim. O brio dá-me ousadia.

Cheio como êles de silêncios rumorosos nas antemanhãs, E desabrochando com as manhãs num ruído de guindastes E chegadas de comboios de mercadorias, E sob a nuvem negra e ocasional e leve Do fumo das chaminés das fábricas próximas Que lhe sombreia o chão preto de carvão pequenino que brilha, Como se fôsse a sombra duma nuvem que passasse sôbre água sombria.

Falaram pois de coisas indifferentes a ambos, e quasi frivolas; no frio, na chuva, no inverno e no verão, nos prós e contras da vida do campo e de varios outros assumptos sêccos de si e além d'isso muito esgotados, e tudo cortado por aquellas pausas e silencios constrangidos e insupportaveis, que o leitor ha de conhecer por experiencia.

Ai ao relento, ai ao relento, sonham cavadores!... Somno d'arminho... colxão de terra... lençol de flores!... Cahi dormentes, Cahi exanimes, trementes, Palidos silencios do luar dorido! Litanias fluidas do luar dorido! Misereres brancos do luar dorido! Balsamos, piedades, orações dolentes Do luar dorido!...

Tem um ar de pateo lugubre a extranha galeria, cujos silencios são para o espectador como que compassos do grande carnaval historico a seguir, e que as duas sombras-phantasmas dos ultimos reis parecem ainda reflectir do gesso mysterioso das suas torturadas mascaras emblematicas.

Em tôrno das outras traves pendiam as outras carcassas. O silêncio era mais triste e fundo que os outros silêncios da terra. A água da lagôa ennegrecera. A lua descia e desfalecia. D. Rui considerou a trave onde restava, curto no ar, o pedaço de corda que êle cortara com a espada. ¿Como quereis que vos pendure? exclamou.

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