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E accusava a friagem das tardes ou o despotismo dos seus affazeres. Recolhiamos então ao 202, onde, com effeito, em breve embrulhado no seu roupão branco, diante da mesa de crystal, entre a legião das escovas, com toda a electricidade refulgindo, o meu Principe se começava a adornar para o serviço social da noite.

Detestava a vida que tinha levado em solteira, fazendo ella propria os vestidos para ir ao baile, cerzindo redes nas botinas de setim branco, com os dedos picados, um roupão de chita amarrotado, e o coração cheio de rancor e inveja ás que tinham o luxo e o conforto que ella não tinha. Aquelle homem apparecera-lhe.

Ela contava então vinte e quatro anos, estava em pleno esplendor da sua beleza e do seu encanto de mulher, a alegria reflectia-se-lhe no rosto e a ventura iluminava-se-lhe na alma. Duma elegância natural e sóbria, vestia um amplo roupão de cassa creme apertado na cinta por laços de veludo preto.

A porta do quarto, abrindo-se, deixou entre vêr o rosto de uma formosa creança, loura como um cherubim e tentadora como Eva. V. ex.^a chamou, minha senhora? Sim, chamei. Traze-me o meu roupão branco e vem ajudar-me a vestir. E a viscondessa, bocejando infantilmente tornou a cahir no travesseiro, doida de somno e ébria de amor. Adormeceu de novo.

Uma das mãos, atravez de cuja lividez se via a rede tenue e azul das veias, tendo no dedo annular um circulo de grossos brilhantes entremeiados de rubis, repousava-lhe no regaço, e do seu roupão de rendas pretas exhalava-se o mesmo perfume, o perfume d'ella, que ficára na minha mão a primeira vez que a vi.

Em silêncio, o meu super-civilizado amigo palpou a sua enxerga e sentiu nela a rigidez dum granito. Depois, correndo pela face descaída os dedos murchos, considerou que, perdidas as suas malas, não tinha nem chinelas nem roupão!

Outras vezes, logo de manhã o encontrava estendido no sophá, n'um roupão de sêda, absorvendo Schopenhauer emquanto o pedicuro, ajoelhado sobre o tapete, lhe polia com respeito e pericia as unhas dos pés. Ao lado pousava a chavena de Saxe, cheia d'esse café de Moka enviado por emires do Deserto, que não o contentava nunca, nem pela força, nem pelo aroma.

Mudava muito de roupa, narcisando-se a miudo, horas esquecidas na sua chaise-longue, o jornal do dia cahindo sobre o roupão claro, que a desenhava toda nas suas formas appetitosas, o pésinho bamboleando no sapato bronzeado, com as fitas enroscadas como uma cobra nas columnas assetinadas da meia côr de cinza. Percorria os olhos pelo jornal; gostava muito do folhetim e do noticiario.

Depois, seguiu-se o apartamento dos naturaes afagos e das censuras mesmo doces quando castigam. Tem gosado sempre louvores mercenarios, e extranha que a contrariem seus paes...» Em quanto Gonçalo cogitava n'estas e n'outras razões, Maria das Dôres discorria pelo theor das suas iracundas apostrophes. A filha fugiu de encara'-la, e torcia os alamares do roupão, com simulada impaciencia.

Ás nove e meia, despenteada, envolta á pressa n'um roupão de flanella, com os pés nús, acompanhava-me pela escadinha de traz, colhendo em cada degrau, nos meus labios, um beijo lento e saudoso. Adeus, Délinha! Agasalha-te, riquinho! E eu recolhia devagar ao campo de Sant'Anna, ruminando o meu gozo! O verão passou, languidamente.

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