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Um facto, que parece caracteristico tanto no Estylo Romanico como no Ogival, consiste no pequeno numero de nomes dos grandes architectos, que nos conservou a historia, emquanto são conhecidos muitos dos classicos.

Seguindo o methodo adoptado, apreciámos as circumstancias historicas em que se operou a fusão d'esses estylos e fizemos depois o quadro do estado social dos seculos XI e XII, periodos medios durante os quaes se definiram as duas feições do Estylo Romanico, o da constituição perfeita e o da transição para o Estylo Ogival.

N'este pequeno quadro dos seculos XI e XII pretendemos definir o meio social, em que se desenvolveram os mais completos estylos da arte christã. A pintura é incompleta, mas um trabalho d'esta natureza não se presta a maiores desenvolvimentos historicos. Os necessarios fal-os-emos tratando dos Estylos Romanico e Ogival.

A primitiva egreja foi de Estylo Romanico do melhor periodo o secundario que em geral floresceu no occidente e no centro da Europa no seculo XI. Quando se levantava a de Lisboa, em meiados do seculo XII, o Estylo Romanico em geral attingira o periodo terciario, preparando a transição para o Estylo Ogival.

Tem-se procurado, com excesso de paciencia archeologica, explicar este facto pela humildade christã dos frades architectos do Estylo Romanico e pela organisação especial das associações franco-maçonicas, principaes constructoras dos edificios ogivaes.

Entre nós, citaremos um exemplo: ainda hoje vacillamos sobre se a egreja de Alcobaça deve ser considerada romanica do terceiro periodo, ou ogival. Nas arcadas do côro, mascarada por bellos intercolunmios jonicos manifesta-se o romanico, talvez do segundo periodo, depois, no corpo da egreja, as ogivas dos arcos e das abobadas casam-se com pilares ainda de caracter romanico.

Infelizmente, Portugal não possue exemplar algum completo e rico d'este estylo. Os que existem são pequenos, pobres e estragados por successivas restaurações antigas que lhes deturpam as fórmas e a ornamentação: mas a de Lisboa, a que nos referiremos em capitulo especial, fornece exemplo das disposições particulares do Estylo Romanico.

A de Coimbra, egreja romanica do segundo periodo, é bom exemplo d'este gosto e cuidado. Pelo paiz inteiro, pelo menos na parte por nós percorrida, encontram-se de quando em quando trechos do Estylo Romanico de soffrivel valor, escondidos no mesmo edificio por entre outros ogivaes e da renascença.

O que existia em Lisboa n'esse tempo tendo verdadeiro valor architectonico, a não ser do Estylo Romanico e d'esse bem pobre e pouco? O que estava em construcção, onde se aquecesse e formasse o seu genio?

Se Portugal é, infelizmente, pobre em monumentos, a sua penuria manifesta-se extrema nos do Estylo Ogival. O Estylo Romanico deixou entre nós algumas construcções, mais ou menos importantes, embora, em geral, estragadas depois por inscientes restaurações, que o cuidado e o gosto moderno vão a pouco e pouco substituindo, a fim de darem aos edificios a possivel pureza primitiva.

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