Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 18 de junho de 2025
Era um lavrador, com casal na Riosa, chamado Brazileiro por ter herdado vinte contos de um tio, regatão no Pará. Comprára então terras, trazia arrendada a Cortiga, a fallada propriedade dos condes de Monte-Agra, envergava aos domingos uma sobrecasaca de panno fino, e dispunha de sessenta votos na Freguezia. Ah! Dize ao Pereira que suba, que conversamos emquanto almóço... E põe outro talher.
E até o Pereira da Riosa, o bom rendeiro, apressava desde madrugada dois moços na final limpeza da horta, agora muito cuidada, já com meloal, já com morangal, e duas novas ruas, ambas bordadas de roseiras e recobertas de latada que a parra densa já recobria.
Seu pae ainda fora o bom Ramires destemido que na fallada desordem da romaria da Riosa avançava com um guardasol contra tres clavinas engatilhadas.
Passa a ser o meu chicote de guerra! Á porta do pomar ainda encontraram o Pereira da Riosa, de quinzena de cutim deitada aos hombros. Em breve, no dia de S. Miguel, o Pereira tomava emfim a lavra da Torre. E Gonçalo gracejou, mostrando ao Titó o lavrador famoso. Eis o homem! eis o grande homem que se preparava a tornar a Torre uma fallada maravilha de ceára, vinha e horta!
E como o Visconde alludia ao desejo, já n'elle antigo, de admirar de perto a famosa torre, mais velha que Portugal ambos desceram ao pomar. O Visconde, com o guarda-sol ao hombro, pasmou em silencio para a torre; reconheceu (apezar de liberal) o prestigio que resulta d'uma tão alta linhagem como a dos Ramires; e gabou sinceramente o laranjal. Depois, sabendo que o Pereira da Riosa arrendára a quinta, invejou ao Snr. Ramires tão cuidadoso e honrado rendeiro... Deante do portão, o char-
Barrôlo lembrou que se mimoseasse com uma ração larga de cenoura. Depois para que Gracinha, com vagar se calmasse, o Fidalgo arrastou o Barrôlo ao pomar e á horta... Tu não vens á Torre ha perto de seis mezes, Barrolinho! Precisas vêr, admirar progressos. Anda agora por aqui a mão forte do Pereira da Riosa... Imagino! grande homem, o Pereira! Mas eu tenho uma fome, Gonçalinho! Tambem eu!
Entendido... E franguinho assado para S. Ex.^a, que se queixa do rim! E atravessou o pateo, com lentidão bovina, parando a colher n'uma roseira, junto ao portão, uma rosa com que florio a quinzena de velludilho côr d'azeitona. Immediatamente Gonçalo decidira não jantar, certo dos beneficios d'aquelle jejum até ás dez horas, depois de um passeio pelos Bravaes e pelo valle da Riosa.
E pelo corredor de paredes azues, adornadas com gravuras coloridas das batalhas de Napoleão, Gonçalo resumiu as novidades da Torre: Como o Padre Sueiro sabe, rebentou aquelle escandalo do Relho... E ainda bem, porque conclui um negocio explendido. Imagine! Arrendei ha dias a quinta ao Pereira Brazileiro, ao Pereira da Riosa, por um conto cento e cincoenta mil réis...
O Pereira abanou a cabeça, com tristeza: Ahi talvez o Fidalgo acerte... Para essa estradinha da Riosa sempre faltou quem gritasse. Ahi talvez o Fidalgo acerte! Mas o Fidalgo emmudecera, embebido na cheirosa sopa, dentro d'uma caçoila nova, com raminhos de hortelã.
Eu desci, e n'um instante a Torre ficou desembaraçada de Relhos e de barulhos. Mas veio o Regedor, com cabos! accudio o Barrôlo. Gonçalo saccudiu os hombros, impaciente: Veio o regedor? Veio depois, para legalisar! Já o homem abalára, corrido. E como resultado arrendei a Torre ao Pereira, ao Pereira da Riosa...
Palavra Do Dia
Outros Procurando