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Respirava dilatada na profunda solidão da serra da Arrabida a alma de Frei Agostinho da Cruz depois que o duque d'Aveiro lhe fizera mercê da ermida, que ainda hoje se conserva em memoria do seu primeiro morador. Pequena era a habitação do ermita, em verdade, mas a alma do poeta tinha maior espaço na amplidão da montanha coroada pelo firmamento e defrontada pelo oceano.

Aquelle estrictamente necessario não lhe promettia grandes confortos. Deitou-se. A roupa da cama era de linho alvissimo e respirava um asseio e frescura convidativos: os travesseiros, de largos folhos engommados, possuiam uma molleza agradavel ás faces; o colchão de pennas abatia-se suavemente sob o peso do corpo fatigado.

Era um amor, que nascia, e respirava uma atmosphera embalsamada de perfumes, amor, que nunca, em suas passadas affeições, lhe coára no coração a vida suavissima da paixão tranquilla, sem sobresaltos de remorso, sem temores de culpa, e sem receios de insultar a Deus ou aos homens.

Estão o desconhecido que a chamava, inclinou-se-lhe sobre o rosto, poz-lhe a mão na fronte, que estava banhada de suor frio, e notou que a filha do Custodio não respirava. Perdeu os sentidos! disse elle visivelmente commovido.

"Não te afllijas, Leonor: disse D. Fernando, apertando-a ao peito. Que nunca mais eu o veja, e viva, se podér, em paz!" Mas as lagrymas correram ainda com mais abundancia e amargura. O resto daquelle dia foi triste: triste o banquete e o sarau. A atmosphera em que respirava a nova rainha tinha o que quer que era pesado e mortal, que resfriava todos os corações.

Eram umas quatro horas da tarde. A marqueza quiz acompanhar Maximo até á cabeceira da moribunda. Emilia mal respirava. A garganta comprimia-se-lhe e apenas podia volver os olhos sem mover a cabeça. O medico tambem estava perto d'ella. O seu aspecto grave e triste era como uma phrase completa e fatal.

«O meu novo possuidor deitara-se, como disse, em cima da relva, e collocára-me ao seu lado. Para mim tudo quanto me rodeava era completamente novo. Eu nunca tinha saído da cidade, e o aspecto dos campos enchia-me de prazer. Parecia-me que respirava um outro ambiente, que via um céo mais largo, mais azul! Um enchame de novas sensações se agitava dentro de mim.

Havia no caminho uma azinheira, um sitio que respirava saudade, entrei por alli dentro, e fui ter a um portão de quinta, que tinha uma grande arvore. Sentei-me áquella sombra, vendo cahir as folhas, e comparando-as á queda de tantas, de todas as minhas esperanças. Estava assim absorvida, bebendo as doçuras do meu fel, quando o portão se abriu.

Vinha tambem a alma politica do partido do conselheiro, o Tapadas, que n'estas épocas não comia, não dormia, não respirava, por assim dizer, senão eleições, e desenvolvia uma miraculosa actividade, correndo a todos os pontos perigosos, conquistando votos, um a um, e lidando por desenredar as meadas politicas dos adversarios e enredar as suas.

Para além d'estes horisontes estanceiam as consolações humanas, tão variadas e efficazes como são numerosos e terriveis os males da vida. Mas o rei não respirava as auras d'aquella região. Não sabia consolar-se, e falto d'este auxilio indispensavel nos tormentos do mundo decaiu na superstição do infortunio. Julgou-se votado a elle e curvou-se á sua sorte» . Artigo publicado no Districto d'Aveiro.

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