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Ás nove horas, a enfermeira acendeu as velas de cêra de dois tocheiros, que ladeavam a imagem do Senhor crucificado, ao fundo da sala. Em seguida aproximou-se do leito do Simão. Estava deitado de costas, com os olhos fixos meio embaciados... Respirava com oppressão; e a bocca entre-aberta formava-lhe um traço escuro na pallidez cadaverica do rosto.

Julgava ella que, humilhando-se a Alvaro, encontraria uma protecção, mas tambem uma ignominia. O marido, que cahira primeiro na sua miseria, perdeu, primeiro, a dignidade. Excitou-a para que escrevesse a Alvaro, e encontrou-a sempre negativa. E Alvaro respirava com sofreguidão um momento que devia chegar. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se o plano d'outra vingança.

O lavrador e os seus amigos recolheram-se tambem logo. D'ahi a instantes resonavam a somno solto. Quem não tinha vontade de dormir era o Sapo, o qual, arrastando-se do esconderijo, fulo de terror, respirava a custo, estirando os braços, mais morto do que vivo.

Chegára o fim do outono: a natureza, Sem ter os mimos da estação festiva, Nem aquelle esplendor e gentileza Que tem na quadra estiva, Na languida tristeza, Na luz branda e serena D'aquelle ameno dia, Que immensa poesia, E que saudade respirava, Helena! Subindo pelo monte, Chegámos ao casal onde habitava A tua protegida, Aquella pobre anciã que se agarrava Aos restos d'esta vida!

Assim atraiçoado, vilipendiado, ferido no meu amor, no meu orgulho de sabio, nas minhas aspirações de poeta, resolvêra abandonar o céo onde a perfida, nos braços d'um marido indecente, respirava o ar balsamico das flôres que eu cultivára para ella no seu proprio jardim.

Após profundo meditar alçou a cabeça para o céu. A imaginação cedera o seu logar á intelligencia. Julio estava salvo. A seu lado respirava um archanjo celeste. Olhou. Cecilia, a pomba immaculada, depositara aos pés do seu amante uma bolsa, cheia de libras, thesouro de trabalho e de economia. Que esplendida creança! e que nobilissima abnegação! Tu aqui, Cecilia?...

A livraria, clara e larga, escaiolada d'azul, com pesadas estantes de pau preto onde repousavam, no e na gravidade das lombadas de carneira, grossos folios de convento e de fôro, respirava para o pomar por duas janellas, uma de peitoril e poiaes de pedra almofadados de velludo, outra mais rasgada, de varanda, frescamente perfumada pela madresilva que se enroscava nas grades.

Henrique, adivinhando por todo aquelle cheiro de beatitude e de antiguidade que alli se respirava, os habitos da casa, sentia certo desconfôrto, como de quem é arrancado de subito ao ambiente, em que se educou e vive, e engolfado n'um ambiente extranho; especie de asphyxia moral, não menos angustiosa do que a do peixe fóra da agua. A saudade que ao principio sentira, dissipára-se .

Exaltado o espirito, inundava-se de visões; é assim organizado o genio, inflltra-se-lhe um atomo de loucura, e realiza então grandes feitos ou meritorios, e extravagantes actos que brotam do mysticismo das idéas que o dominam. Aquella atmosphera de Hespanha do XVI seculo respirava o mysticismo, a allucinação, e não se podia resistir-lhe.

Entre cada prato respirava largamente, limpava a boca, e bebia a longos sorvos grandes copos de vinho estreme. Não tinha cara, nem vulgar. O aspecto era de força. Todo elle denotava pujança extraordinaria de musculos.

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