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Eu tinha frio na cara onde acabava o côco e começava a gola levantada do casaco e pensando se por acaso teria as meias rôtas, cada esquina que eu dobrava me parecia que eu ía do escuro pra um quarto illuminado onde estivesse uma mulher em camisa a pôr o despertador prás horas em que acabassem os serões das commissões de vigilancia.

E vereis que das suas chagas vermelhas radiarão prás dores sociáis resteas bemditas de esperança, santos perfumes de amor... Seminario de Coimbra. Vosso do coração Acurcio Correia da Silva. Faustino. Novembro de 1911. Nesta quadra tão triste, de uma tristêza tão linda, veio a Morte roubar-te ao nosso convivio, ó amigo, ao nosso curso, ó condiscipulo!

Olhái aquêle que passa... Nervôso, cartôlo têzo a escorregar prás sobrancêlhas, bigodeiras repontônas, revirando uns olhitos pardos, de travéz, em ares de superioridade ratôna, para os que o saudam...

Dantes pedia esmola ou vendia cautelas, ou estropiava n'um fandango de ir cahir, as coplas mais indecentes das revistas; agora fugia dos outros e não mendigava, tinha mesmo um orgulho de saber uma coisa que os outros não sabiam. Ás vezes quando encontrava os mendigos punha-se a chorar e convidava-os pra ir prás terras e dava-lhes uma moeda de prata.

Estas, sim, fanatizava-se o meu amigo, estas sabem sêr mães quando mandam os filhos prás fronteiras pra defender a Patria! e dizia esta ultima palavra com um A tão sonoro que pareceu-me terem os carroceiros grévistas apedrejado as vitrines do café.

Uma tristêza mortal Repassa as nossas folganças... Ai! cachópas, ai! crianças, Nem é bom falar em tal... Quando ides prás romarias, Entre murtas e alamêdas, Como doidas cotovías, Chilreando airádas, lêdas, Não pensáis nesta agonía, Que nos punge o coração... Levais a alma irradía, Céguínha pla ilusão... Mas á noite, junto ao leito, Cismáis, á luz do luar, Em tanto sonho desfeito...

Pois não fizeste as estrélas, Que palpítam, ceu além?... Se fazes coisas tão bélas, Faze-nos santos tambem... E tu, ó meu bom amigo Das agras lides do estudo, Foste em busca de outro abrigo Para ti findou-se tudo! Finda-se tudo no mundo Prás almas santas, louçãs, Que ao Misterio azul, profundo, Vão pedir outras manhãs... Fugiste da noite escura Prá célica luz viváz!

Indescritíveis torturas Lancínam os corações! Pois estes são sepulturas De mil mortas ilusões... Tuas bênçãos perfumadas São para os nossos martirios Qual rócio das alvorádas Prás urnas rôxas dos lirios... Minha pobre alma de poeta A Ti se acólhe, Jesus... Como airáda borbolêta, Fujo das Trevas prá Luz...

Palavra Do Dia

esbrugava

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