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Atualizado: 7 de julho de 2025
Estas passagens, significativas do salgado espirito do provinciano, sobre-doiravam a reputação que o trazia nas boas graças da fidalguia realista. Sabia Calisto, como profundo genealogico, que existia illustrissima parentela sua em Lisboa; porém, pesavam graves motivos para que elle não quizesse recordar parentesco remoto com tal gente.
Mas, minha senhora, exclamou o doutor Macedo, as lendas são como os ananazes. Ha os nascidos ao ar livre, na sua terra propria, e ha-os desabrochados artificialmente com o calor da estufa. N'um velho solar provinciano, ao som lugubre do vento nos corredores, n'uma noite de inverno sulcada de relampagos, nasce a lenda tão naturalmente como o ananaz no Brazil.
Um dia, de madrugada, acordou-me um grande berreiro nas escadas. O meu companheiro, o bom Machado de Carção, um medico que morreu ha muitos annos, foi examinar de perto a desordem, e contou-me que um velhote apopletico, com ares de jarrêta provinciano, estava gritando que Aurora lhe roubara vinte e cinco pintos da algibeira do collête, depois de o ter embebedado com genebra.
Com este intuito, pois, deixou o nosso provinciano a terra da infancia, antecipadamente recommendado, e sobejamente abonado por um commendador, seu padrinho, com destino para os portos do Brasil.
De um rico tio provinciano herdára elle uns dez contos de reis, em metal sonante, com os quaes comprou uma mercearia bem fornecida e já bem accreditada na capital. Atirou-se, pois, o sr. Francisco ao negocio, e sempre com fortuna e sempre com bons auspicios.
Esperou a vinda de um camarista, velho fidalgo attencioso, que sorriu da supposição do provinciano, e lhe disse que o deputado Calisto Eloy residia no hotel do Victor. Chegado ao hotel, á hora mais de passeio, por fim da tarde, não encontrou Calisto, e foi demandal-o nos logares mais frequentados.
Esta menina vivera receosa de que o seu Vasco, rapaz timbroso, a não quizesse esposar, fazendo-a cumplice dos desvios da irmã. Agora, já mais esperançada na realisação do casamento, via com olhos agradecidos o bom provinciano, e attendia-o com os disvelos de extremosa amiga.
Não comprehendo a razão do insulto! disse Liborio. Será lá fora concluiu Calisto e saiu. A gente, que rodeava o doutor portuense, comportou-se bem: cada qual, dizia de si para comsigo, que, se o caso fosse com elle, o provinciano enguliria a injuria com uma balla; assim, como não era com elles o caso, Calisto mereceu a Deus a felicidade de não ser varado de ballas.
Um d'elles, confiado na inepcia tolerante do provinciano, ou supposto brazileiro, disse, a meia voz, ao outro: Quatro pés nunca vestiram luvas. Calisto encarou n'elles com sorriso minacissimo, e disse á luveira: As luvas são boa coisa para a gente não dar bofetadas com as mãos.
O campo, que a maioria dos escritores conhecem superficialmente, de rápidas excursões alpestres, sem o menor vislumbre de identificação, vive no livro de Trindade Coelho, com um singular relevo de verdade, com um profundo sentimento do natural. «Entre os poucos argutos dedicados a perscrutar a essência da paisagem provincial, e a alma do provinciano e do campónio, escreve dos Meus amores o nosso grande crítico Fialho de Almeida, Trindade Coelho é dos que mais lucidamente traduzem o seu critério do problema, em forma de arte, e dos que mais progressivamente vão crescendo
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