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Atualizado: 4 de junho de 2025
Um motivo dinamarquez, um motivo d'este paiz em que sou coveiro desde a infancia, ha trinta annos. Dize-me, quanto tempo póde um homem estar enterrado, antes de apodrecer? Porque mais tempo que os outros? O exercicio da sua profissão cortiu-lhe de tal modo a pelle, que fica impermeavel por muito tempo, e de certo sabe que a agua é o mais activo destruidor dos cadaveres. Vê esta caveira?
Não havia moço nem velho, homem do mundo ou sabio de gabinete que não désse metade dos seus prazeres, dos seus livros, da sua vida por um so beijo d'aquella bôcca... Agora talvez nem repetidos avances lhe façam obter um namorante de profissão e officio... E hade pagá-lo adeantado, e porque preço!...
A educação que elles haviam recebido não tendêra a fim algum prático. D. Luiz não podia soffrer a ideia de dar a seus filhos uma profissão. A nobre carreira das armas, que mais lhes conviria, estava-lhes fechada pelas ultimas evoluções politicas.
Cancella era d'estes; era o poeta da sua profissão. Tinha em si o que quer que era de um touriste, e assim aproveitava todos os ensejos que se lhe offerecessem de explorar algum ponto do paiz, ainda por elle desconhecido. Este instincto levava-o frequentemente a Lisboa.
«Mauricio é um honrado caçador de profissão que me serviu com desinteresse e sem esperança de recompensa: não sabe portanto que me occupo d'elle n'esta carta. «Desculpe-me, senhor conde, a liberdade que tomo, e não se esqueça de que ao soltar o meu ultimo suspiro bemdirei os meus amigos.
Quererá saber que posição é a tua, que profissão exerces ou de que meios de fortuna dispões para poderes dignamente apresental-a na sociedade ao respeito e á consideração das pessoas de bem.
Ponha fim Á comedia tão mal representada, E diga como essa alma envenenada Concebeu a pequena creatura Arminda No desvario do pae e na loucura Da mãe!... Margarida Que sou eu! Sim! Sou eu, senhor, Que na ancia de vingança e de rancôr, Me desfiz da creança que me deu. A mãe maldita, está aqui, sou eu, Que em cegueira da minha profissão Atirei com a nossa creação Ao sabôr dos instinctos d'esta vida.
Foi um dia de jubilo no mosteiro de S. Bento da Avè Maria o da chegada da licença. A profissão de Carlota era uma festa, em que todas as freiras tomavam parte. Os fartos meios, que lhes sobejavam, permittiam solemnisar com todas as galas e magestade o acto augusto, que a noviça anciava, chorando de alegria, e esperando com susto, como se temesse algum imprevisto obstaculo á sua felicidade.
E depois, viram-no assomar no pulpito, e prégar com elegancias de primoroso lapidario de palavras o sermão da profissão, o sermão d'aquelle enterro de seis vidas, de seis corações apunhalados, mortos, com authoridade do concilio tridentino, e com muitos applausos dos prelados, do rei e dos edificados espectadores da tragedia. Estavam professas.
De que servem livros de cavallarias fingidas? E se ha ociosos que os leiam, porque ha de haver algum que os escreva? Ou que espere algum fructo de trabalho tão vão? Desejaveis agora que todos os livros, e todos os homens tratassem sómente da vossa profissão e fossem juristas e philosophos.
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