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Atualizado: 14 de julho de 2025
O resto do primeiro volume e o segundo contém as poesias da senhora marqueza posteriores á sua saída do mosteiro. Na disposição d'ellas tambem não se guarda o methodo chronologico: a natureza dos poemas determina a ordem d'elles. Julgar essa grande variedade de composições não cabia nos estreitos limites d'este jornal. Os que as teem lido, e que sabem entendê-las appreciam-nas devidamente.
Entre os nossos traductores poetas, alguns houve que gemêrão sob a ferrenha tarefa de traduzir tragedias e longos poemas verso por verso; mas que resultou de tanta diligencia? o substituirem, pela maior parte, a versos fluentes e vigorosos uma enfiada de semsaborias, de durezas, de enigmas, onde a graça e louçania dos originaes degenera em rugosa e desalinhada velhice.
A estes taes chamo eu poetas. Porque nos ensinam o bem. Porque são originaes e dizem sempre alguma cousa nova á nossa curiosidade de saber. Porque dão com a elevação das vidas confirmação á sublimidade dos escriptos. Porque são tão poeticos como os seus poemas. Porque vão adiante abrindo á luz e ao amor novos horisontes. Porque não conhecem ambições nem orgulhos. Porque têm a cabeça do genio e o coração da innocencia.
Sobre este lugar diz Faria: Mirese lo que me viene á embarazar sobre irme desembarazando de tantas difficuldades destes poemas. Dice aqui: quando pone los ojos en la que corre. Qué es la que corre? Arriba queda providencia, y luego consolacion, y despues flaqueza humana; y no hallo que ninguna destas corre, si no es la flaqueza humana á la muerte; y ni asi lo entiendo bien.
Eu já disse algures que Arthur Loureiro era um poeta na pintura e hoje o repito aqui, no desprendimento sincero de quem o admira pelo seu talento. Os seus quadros são bucolicas de côr e de luz. Ha-os que são como deliciosos sonetos camoneanos. Ha-os que são verdadeiros poemas.
Esta pessoa madrugou aos dezoito annos escrevendo poemas satyricos contra os titulares portuenses, não porque elle se pejasse de vel-os em sua plana, mas porque lhe fugiram d'ella.
Antonio Feliciano de Castilho na sua ultima visita a Coimbra azedou com a suprema injuria da nenhuma practica que teve com academicos á sombra da copa da sua olaia, porque nem um só devoto, ao que me disseram, queimou um só grão de incenso e myrrha ao idolo dos que por modestia, por bondade, por terror, por imitação, vão mendigar á sua porta um obulo da graça das multidões, que com razão o admiram nas suas inimitaveis traducções, nos seus poemas, nas suas imitações, e até mesmo nas inimitaveis contrafações do seu caracter.
E porisso, apezar de frequentemente cristalino, limpido, adoravel de verdade, de sentimento de vida, nestes poêmas em prosa destôam a espaços requintes preciosos, só acessiveis alguns aos espiritos altos e muito cultos.
Derroca-se o mundo velho, desmoronam-se os poemas intelligiveis, escalavra-se o vocabulario terreno, Quijote encancha-se nos largos hombros do Sancho materialão e positivo, e accommete os Guaramantas adversarios.
Era certo o João Nogueira Gandra que recitava sonetos de improviso com quinze dias de lima e de contagem pelos dedos, sob a torrente da inspiração. O visconde d'Azevedo lia poemas de sua lavra engenhosa em fórma graphica de copos e garrafas, cheias de versos de varios metros e de larachas honestas.
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