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Por certo não se morre de felicidade, visto que elle não tinha morrido no dia em que a recebera sua esposa legitima á face da santa madre egreja, e tambem não se morre de dôr, visto elle não ter morrido no dia em que lhe cerrou os olhos, colando-lhe os olhos ás palpebras, n'um derradeiro beijo.

E então, atravez das palpebras cerradas, no confuso cançasso de tantas tristezas revolvidas, Gonçalo percebeu, atravez da treva do quarto, destacando pallidamente da treva, faces lentas que passavam...

Depois, quando desci os olhos para a Consuelo, que permanecia em baixo, como estarrecida, vi-lhe á flôr das palpebras duas lagrimas enormes, que tremiam, como duas gottas d'orvalho nas pétalas d'uma rosa! Até a natureza se enfeita para festejar tambem o Natal do Deus-Menino!

O pequenino cadaver está descoberto, e cada qual n'elle procura insuflar o ligeiro filete vital que em si conduz. Uns lhe aquecem as mãos com seus beijitos leves como abelhas, outros lhe sopram das palpebras a vilissima terra que lh'as come, emquanto muitos lhe fabricam uma samarra, com os pedaços que arrancam ás suas proprias vestimentas.

Depois foi deitar-se, e o somno de uma certa classe de bemaventurados baixou-lhe sobre as palpebras, suave e restaurador. Jorge não dormiu, como o padre; velou até alta noite, lendo, calculando, combinando planos economicos.

Elle estava deitado de costas, membros abandonados, descomposto, numa nudez de ephebo, morto mysteriosamente á beira da agua. Os olhos de vidro, salientes do caseado das palpebras, muito abertas, lembravam os dum santo de capella pobre contas escuras de camandulas, despedindo traços rectos de suavidade. Era serena a sua face livida, irmã da luz daquella hora, mal cortando o luar.

Mulheres mostravam-se ás portas das casas, encostadas languidamente aos umbraes, olhando em extase, com um sorriso nos labios côr de purpura. A algumas viam-se-lhes os peitos pela abertura das tunicas; outras, reclinadas em leitos marchetados, cerravam mollemente as palpebras gosando o frescor dos flabellos que escravas agitavam. Errava no ar denso um cheiro forte de aromatas.

Uma lagrima a custo conglobada, Lentamente das palpebras saía, Tremendo sobre a franja das pestanas: Quem o sabe contar? nesse momento, Os que a viam, pasmavam, não podendo Crer que a olhos de humana creatura, Fosse dado verter tão grossas lagrimas!

Nasceu em Esmirna de pais gregos; é tudo o que êle revela: de resto, quando se lhe pergunta pelo seu passado, o bom grego rola um momento a cabeça de ombro a ombro, esconde sob as palpebras cerradas com bonomia o seu ôlho maometano, desabrocha o sorriso duma doçura de tentar abelhas, e murmura, como afogado em bondade e em enternecimento: Eh! mon Dieu! Eh! mon Dieu!...

Vae alto o Sol; de ha muito manifesta Que brilha no seu ponto mais radioso, E que são horas de dormir a sesta. MARIA, sem o fitar, serena: E vaes dormir? JUDAS cerrando as palpebras: O Livro dos Proverbios Alguma coisa diz... «Quem se julgar Com pequenos desgostos, exacerbe-os A dormir, a dormir... e a sonhar...» Se durmo, para onde é que foge a vida? Para fóra de mim quem a conduz?

Palavra Do Dia

soffrido

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